Você já ouviu falar no Registro Nacional de Veículos em Estoque, mais conhecido como Renave? Em linhas gerais, trata-se de um sistema que integra e automatiza o registro de compra e venda de veículos. Com isso, a necessidade de processos manuais e os riscos de fraudes diminuem.
O sistema tem sido utilizado por concessionárias, revendedoras e órgãos de trânsito para registrar veículos novos ou usados. Desse modo, ele garante que todas as transações sejam documentadas de maneira eficiente e confiável.
Tudo isso ajuda a monitorar o ciclo de vida do automóvel, com mais segurança para compradores e vendedores. Mas, afinal, como funciona o Renave? E como é feito o registro de veículo 0 km? Neste artigo, você encontra as respostas para todas as suas dúvidas sobre o tema!
Diferença entre Renave para veículos zero km e usados
Em primeiro lugar, você precisa saber qual a diferença entre Renave para veículos 0 km e usados. Assim, para veículos novos, o Renave documenta a primeira compra, feita diretamente na concessionária, e vincula o automóvel ao primeiro dono.
Já para usados, ele registra a transferência de propriedade do veículo entre o antigo proprietário e a loja revendedora e garante que todas as etapas sejam devidamente oficializadas.
Isso significa que, no caso de veículos usados, o Renave também verifica pendências ou irregularidades antes da transferência. Já para veículos novos, ele serve para agilizar a emissão do documento inicial.
Para que serve o Renave?
O Renave serve, basicamente, para registrar as transações que envolvam veículos de forma segura. Isso evita irregularidades e garante a legalidade de cada etapa.
Em outras palavras, para veículo 0 km ou usado, o Renave simplifica a gestão de estoque de concessionárias e revendedoras. O sistema também auxilia os órgãos de trânsito ao manter um histórico claro do ciclo de vida de cada veículo. Tudo isso proporciona mais confiabilidade e segurança, tanto para o estabelecimento quanto para o consumidor final.
O Renave substitui o CRLV?
O Registro Nacional de Veículos em Estoque não substitui o Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV).
Na verdade, o CRLV tem a função de permitir a circulação do veículo, atestando que ele está regularizado e licenciado. Além disso, diferentemente do Renave, ele é obrigatório para todos os veículos.
Porém, apesar de não substituir o CRLV, o Renave tem uma atuação complementar. Enquanto o primeiro comprova a regularidade do veículo, o segundo garante a segurança e a formalização das transações de compra e venda em lojas e concessionárias.
Dessa forma, o uso conjunto dos dois sistemas promove maior transparência no mercado automotivo.
O que é restrição de Renave?
A restrição de Renave ocorre quando há pendências ou irregularidades associadas ao veículo.
Essas irregularidades podem ser multas, pendências tributárias ou problemas no histórico de propriedade. Como consequência, elas impedem a transferência de propriedade até que as questões sejam resolvidas.
Por isso, para maior segurança dos consumidores, o sistema Renave identifica automaticamente certas restrições, protegendo compradores e vendedores de possíveis complicações futuras.
O que mudou no Renave em 2024?
Em 2024, o Renave passou por algumas mudanças. Desde o começo do mês de outubro, o uso do sistema passou a ser obrigatório para concessionárias e revendedoras em São Paulo.
Com essa medida, a Secretaria da Fazenda vai observar as operações de compra e venda, por meio de uma fiscalização digital. O processo de digitalizar o monitoramento tem em vista agilizar e simplificar as etapas de todas as operações.
Essas atualizações têm o intuito de melhorar ainda mais a experiência dos compradores e garantir transações seguras. Além de tudo, a previsão é que, a partir de dezembro, os financiamentos concedidos por bancos sejam feitos apenas para concessionárias cadastradas no Renave.
Quais estados têm Renave?
O Renave já foi implementado em diversas partes do Brasil. Até o momento, Pernambuco, Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Goiás, Sergipe, Paraná e São Paulo são os estados que contam com o sistema.
No entanto, apesar dessa adoção em várias partes do país, o Renave é obrigatório apenas no estado de São Paulo, como já comentamos um pouco mais acima.
Quem tem que fazer o Renave?
Ele é obrigatório para concessionária e lojistas, ou seja, de forma geral, qualquer estabelecimento que comercialize veículos.
Caso a loja realize a venda de veículos 0 km, é preciso seguir as orientações da plataforma Credencia. O mesmo vale para as revendedoras de veículos novos e seminovos, a fim de garantir a validade e segurança das operações.
Como utilizar o Renave?
De modo geral, todas as empresas que realizam a compra e venda de veículos podem utilizar o Renave. Apesar de não ser uma regra, a adesão facilita a rotina de vendedores e compradores de veículos, sejam eles novos ou seminovos.
De acordo com orientações do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), o processo para ter o Renave é bem simples e, para isso, basta seguir alguns passos:
- Cadastro no sistema: concessionárias e revendedoras devem se cadastrar no Renave pelo sistema Credencia, a partir da permissão da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran).
- Integração com o DETRAN: em seguida, é preciso verificar se o sistema está integrado ao DETRAN do estado.
- Registro de transações: depois, você deve utilizar o Renave para registrar compra, venda ou transferência de veículos.
- Regularização de pendências: por fim, basta resolver as possíveis restrições no sistema para finalizar o registro.
Quanto custa o Renave?
Agora que você já sabe o que é e como utilizar o Renave de veículos 0 km, seminovos ou usados, também é preciso saber quanto custa o processo.
Segundo o Serpro, o Renave possui um preço unitário de R$ 4,43 por cada operação de entrada e saída de estoque. No entanto, para veículos novos, não serão cobrados eventos de entrada.
Para mais detalhes sobre os custos do Renave, consulte os valores atualizados diretamente na FAQ da Central de Ajuda do Serpro.
Quem paga o Renave?
O cadastro no Renave é gratuito. No entanto, os registros das transações são cobrados das integradoras (responsáveis por fornecer o serviço do Renave para os usuários) pelo DETRAN.
Assim, esses custos relacionados ao uso do Renave são repassados aos usuários e poderão ser pagos pelo comprador ou pela revendedora, dependendo do acordo entre as partes. Em muitos casos, o valor pode ser incluído no preço final do veículo.
O valor pode variar conforme o estado e a taxa é destinada à manutenção do sistema e à emissão de documentos.
Quanto tempo demora para sair o Renave?
Com o Renave, a transferência de propriedade é feita de forma muito mais ágil, pois dispensará a necessidade de reconhecimentos de firma em cartórios, mas tudo vai depender do cumprimento das exigências legais e da regularização de possíveis pendências do carro.
Dessa forma, é importante garantir que todas elas sejam resolvidas antes da realização do cadastro.
Como você viu, o Renave é um ponto a se considerar no momento da transferência de veículos. Por isso, se estiver pensando em comprar um carro novo ou vender o seu, continue acompanhando os nossos conteúdos para ficar por dentro de tudo sobre essa temática.