Se você não gosta de comprar nada sem se planejar, sabe o quão importante é colocar todos os números na ponta do lápis para tomar a melhor decisão, não é mesmo? Nesse sentido, o financiamento de carros pode ser uma excelente alternativa.
Pensando nisso, preparamos este conteúdo. Durante a leitura, você entenderá como essas operações funcionam, os maiores benefícios que elas oferecem e quais são os documentos necessários para fazer esse tipo de solicitação. Acompanhe o texto até o fim e aprenda tudo sobre financiamento de carro!
O que é financiamento de carros?
Em poucas palavras, podemos dizer que o financiamento de carro é como um empréstimo — você toma uma linha de crédito de um banco ou uma instituição financeira para conquistar o objetivo de ter um automóvel na garagem de casa. Ele é indicado para quem não tem o dinheiro suficiente para comprar o bem à vista, mas pode fazer o pagamento mensal de quantias menores.
Também é uma opção muito procurada por aqueles que pretendem pagar de forma cômoda, em parcelas.
Imagine que você quer comprar um carro de R$ 70.000,00, mas não tem essa quantia na conta. É possível financiar o valor de forma total ou parcial, isto é, só uma parte dele. Afinal, a maioria das instituições financeiras se dispõe a financiar entre 80% e 100% do preço.
Para conseguir um financiamento, geralmente é feita uma análise de crédito da pessoa que solicita o empréstimo. O objetivo dessa medida é saber se o seu histórico é compatível com o valor solicitado e se você terá condições de cumprir com os pagamentos. Para isso, são levantados dados diversos, como as compras que você já fez e os seus hábitos de consumo.
Se você pretende fazer um financiamento, saiba que é normal pedirem garantias de pagamento — posses que comprovem a sua capacidade de pagar o dinheiro emprestado ao longo dos meses. A prática é muito comum para que o banco conceda o crédito com segurança para você.
Quais são os tipos de financiamento de carro?
Agora que você já sabe o que é financiamento de carro, é hora de entender quais são os diferentes tipos disponíveis no mercado. É importante ter atenção a esses detalhes, porque uma dessas opções pode ser melhor para você!
Crédito Direto ao Consumidor (CDC)
Essa modalidade é a mais parecida com um empréstimo, de fato. Nela, a instituição concederá o crédito que você precisa para comprar. Em troca, o banco fixa uma taxa de juros, que será aplicada ao valor total. Você pode financiar R$ 30.000,00, mas, no final das contas, pagará R$35.000,00 com a aplicação das taxas, por exemplo.
Nesse tipo de financiamento de carro, você não poderá negociar o automóvel antes de quitar todas as parcelas — essa é uma forma que as instituições têm de se proteger em relação às eventuais pendências de pagamento. É também uma modalidade bem popular: dependendo das condições oferecidas, pode ser um ótimo negócio para que você tenha as chaves em mãos e pague tudo aos poucos.
As taxas podem ser fixadas no momento da contratação, ou seja, elas não sofrerão nenhuma alteração nesse intervalo de tempo. A partir disso, há como se preparar para fazer os pagamentos sem comprometer o orçamento mensal.
Leasing
No leasing, você receberá uma forma de empréstimo do banco, que será o verdadeiro dono do automóvel por um período.
Mas não precisa se assustar: o carro será sua propriedade depois que todas as parcelas forem quitadas. Apesar disso, todo cuidado é pouco, visto que, em casos de inadimplência, a instituição fica com o bem e você não receberá o valor que já investiu de volta. Lojas especializadas e concessionárias também oferecem essa opção.
Para entender o leasing, pense no aluguel de uma casa — o proprietário recebe um valor mensal do inquilino e este tem o direito de ocupar o espaço e viver no imóvel. Ainda assim, a escritura e o direito de propriedade continuam sendo do dono.
Consórcio
O financiamento por consórcio é um pouco diferente das outras duas opções.
Nessa modalidade, você faz parte de um grupo de compradores cujo objetivo em comum é comprar um carro. Quem cuida desse tipo de investimento são as administradoras especializadas, responsáveis por organizar os grupos e garantir o recebimento da carta de crédito por parte de todos aqueles que se mantiveram em dia com as parcelas.
Na prática, você pagará as prestações mês a mês, mas só receberá o recurso para adquirir o automóvel quando for contemplado, tiver um lance vencedor (como acontece nos leilões) ou chegar ao fim do grupo com tudo pago.
Diferentemente das outras vias, as parcelas podem mudar ao longo do tempo. Se o modelo de carro que você deseja passa por um processo de valorização no mercado, por exemplo, será preciso reajustar a parcela paga todos os meses. De qualquer modo, isso não acontecerá de repente ou sem nenhum aviso: o grupo será informado com antecedência sobre os motivos que levaram à alteração.
É oportuno lembrar que, tanto no CDC quanto no leasing, o valor negociado dependerá da sua renda — ela será considerada em relação às parcelas que serão pagas. Trata-se de uma precaução tomada pelas empresas para evitar que compradores se endividem. Afinal, assumir parcelas superiores à renda mensal, por exemplo, tende a ser um grande erro financeiro.
A boa notícia é que você pode fazer simulações para encontrar parcelas, prazos e taxas de juros compatíveis com as suas necessidades. Dependendo da situação, você pode dar uma entrada e financiar o resto ou inserir o valor total do carro no financiamento.
A necessidade de fazer um pagamento inicial varia de acordo com a financiadora, mas ele ajuda a conseguir boas condições de pagamento. Portanto, se você tiver um dinheiro guardado, considere utilizá-lo como uma maneira de melhorar o seu financiamento.
Como o financiamento de veículos funciona?
Depois de compreender as várias formas de financiamento de carro, é preciso conhecer o mecanismo que está por trás dessas operações. Por meio desses dados, você poderá se programar do modo adequado e saber se essa opção se encaixa em suas necessidades.
De forma bem resumida, a compra financiada significa que você dividirá o valor total ou a maior parte do preço do carro em parcelas que serão pagas durante anos.
Caso haja uma quantia restante — a famosa entrada —, considere que ela precisa ser depositada à vista. Geralmente, o valor mínimo cobrado pelas financiadoras corresponde a 10% do total do carro.
A taxa de juros, aplicada em cada uma das prestações, varia conforme a instituição escolhida. Por isso, é fundamental ter atenção a esse ponto na hora de fechar o contrato de financiamento: lembre-se de que esse adicional começará a fazer parte de suas despesas mensais.
Outro cálculo indispensável é o das parcelas. Pense bem: você assinaria um serviço, como celular ou internet, sem saber como determinado valor impactaria as suas economias? O mesmo pensamento se aplica ao financiamento de carro — evite assumir uma despesa constante que possa comprometer a sua renda.
O cálculo das parcelas
Para decidir se você deve ou não fazer um financiamento de carro, é de suma importância realizar o cálculo das parcelas.
Com esses números em mãos, será possível analisar se a operação vale a pena ou não para o seu bolso. Afinal, o objetivo aqui é cuidar bem dos seus recursos e não cometer erros financeiros, concorda? Portanto, considere que o cálculo muda bastante de uma instituição para outra e são vários os fatores que interferem nesse processo.
Um dos pontos mais relevantes e considerados em todos os financiamentos é o valor do carro — quanto mais caro o automóvel é, maiores serão as parcelas. Sem levar os outros aspectos em conta, um carro de R$30.000,00 naturalmente terá prestações mais altas do que as de um cujo preço é R$ 20.000,00.
O valor da entrada não pode ser deixado de lado. E aqui vai uma dica preciosa: pague uma entrada maior para diminuir o valor das parcelas! A estratégia de pagar uma parte do carro à vista pode pesar no começo, mas ela também serve para que você consiga melhores condições ao financiar: prazos dilatados, taxas melhores e afins. Não se esqueça de que a entrada é um elemento essencial na negociação com a instituição financeira.
O prazo do financiamento de carro é outro fator relevante para calcular as parcelas. Ele é o tempo total que você tem para quitar o dinheiro financiado — quanto maior o tempo de pagamento, menor será a parcela.
Se financiasse com o prazo de 48 meses, você pagaria por mais tempo, mas as parcelas seriam menores do que se um financiamento no mesmo valor tivesse o prazo de 24 meses, por exemplo.
Por outro lado, financiamentos de carro de menor duração costumam ter taxas de juros menores. Nesses casos, mesmo que as parcelas sejam mais altas, isso não quer dizer que você está pagando mais caro pelo financiamento como um todo.
Vale lembrar que a taxa de juros está sujeita à variação, porque muda de acordo com a política de juros praticada pelo banco. Dessa forma, é fundamental entender o conceito de custo efetivo, que será explicado no próximo tópico — continue acompanhando para saber tudo sobre financiamento de carro.
O custo efetivo do financiamento de carro
O custo efetivo do financiamento é o valor total que será desembolsado por você para trocar de carro ou comprar um novo, ou seja, trata-se da principal quantia que deve ser avaliada na hora de colocar os números na ponta do lápis.
Ele tem que ser levado em conta porque é um indicador que fica meio escondido em relação aos outros pontos mencionados ao longo do conteúdo. Afinal, mesmo uma proposta de financiamento de carro com uma taxa de juros baixa pode sair mais cara do que parece. Por isso, recomendamos que você tenha uma calculadora em mãos e faça quantas simulações puder!
Imagine que você quer comprar um carro de R$ 65.000,00. Para realizar esse sonho, você tem duas opções de financiamento disponíveis. A primeira delas tem juros de 1,10% ao mês. A taxa da outra, por sua vez, é de 0,95%. Qual delas você acha que é mais econômica? Muitas pessoas escolheriam a segunda sem nem pensar. O motivo é claro: a taxa é menor. Acontece que essa história não é tão simples assim.
Pense que, na primeira proposta, você oferecerá uma entrada de R$ 10.000,00, financiará os outros R$ 55.000,00 e terá 36 meses (3 anos) para pagar. Nesse caso, as parcelas seriam de R$ 1.858,47 e o total de juros, R$ 11.904,92. Isso resultaria no custo efetivo de R$ 76.904,92.
Na segunda, a entrada será menor — R$ 5.000,00 —, mas você terá 60 meses (5 anos) para quitar. Com isso, as prestações mensais custariam R$ 1.316,55 e você precisaria arcar com juros totais de R$ 18.993,00, o que resultaria em um custo efetivo de R$ 83.993,00. Cabe ressaltar que o custo efetivo é calculado a partir da seguinte fórmula:
- custo efetivo de financiamento de carro = entrada (se houver) + valor financiado + juros aplicados durante todo o período.
Percebe como a segunda opção ficaria mais cara, apesar dos juros e das parcelas menores? Ela ainda pode ser uma alternativa melhor para quem precisa de um tempo maior para pagar ou não consegue assumir uma prestação de R$ 1.858,47, mas custará mais no final das contas.
Essa simulação é um exemplo nítido de como é preciso considerar todos os fatores para escolher a melhor proposta para o seu caso.
Quais são os benefícios de financiar um carro?
Você já sabe como o financiamento de carro funciona na prática e quais são as modalidades existentes. Nesta parte do texto, mostraremos quais são os benefícios que essa operação pode proporcionar. Veja!
Alternativa de locomoção na garagem
Independentemente de viver em uma zona rural ou em um grande centro urbano, ter essa possibilidade adicional de locomoção própria em casa é uma necessidade de muitas pessoas — seja para trabalho, seja para lazer.
Você poderá usar o carro a qualquer momento, do jeito que preferir, inclusive para ser motorista de aplicativo e fazer uma renda extra. Isso tudo, é claro, sem precisar desembolsar grandes quantias de uma vez!
Negociação de valores
Como dissemos, você tem total liberdade para negociar com as instituições financeiras que fazem esse tipo de transação. Dependendo da entrada que você pode pagar, há como conseguir descontos interessantes em relação ao custo efetivo, por exemplo. As taxas podem ser negociadas para deixar as parcelas menores e assim por diante.
Amortização das parcelas
Imagine que, com o seu novo automóvel, você conseguiu melhorar o orçamento em casa. Os meses foram passando, a sua renda cresceu e você conseguiu guardar um dinheiro.
Com essa quantia que está sobrando, você pode antecipar o pagamento das parcelas. Esse procedimento, também conhecido como amortização, é usado para diminuir o valor das próximas prestações e a quantidade de meses que você precisará pagar — seria incrível, não é mesmo?
Rapidez
Quando o financiamento de carro é liberado, você tem permissão automática para comprá-lo. Ou seja, ele viabiliza a realização rápida de uma conquista significativa. Em bancos que não exigem o valor referente à entrada, você não precisa gastar nada para ter o automóvel em mãos — nada mal, concorda?
No consórcio, é necessário esperar até receber a contemplação para utilizar o bem no seu dia a dia. No leasing, você não demorará para ter acesso ao carro, mas ele não estará no seu nome até que todas as pendências sejam pagas.
O que é preciso para fazer a solicitação?
Para fazer a solicitação de um financiamento de carro, você deve escolher o modelo que deseja comprar — pode ser novo ou usado — e encontrar uma instituição que ofereça essa modalidade de linha de crédito.
Nesse momento, tenha atenção a algumas recomendações para não tomar nenhuma decisão errada. Escolha um automóvel capaz de atender às necessidades de sua família e pense se ela vai aumentar nos próximos anos. Leve em consideração não só a condição estética do carro, mas também o consumo de combustível, o conforto e o espaço interno.
Ao escolher um banco, dê preferência às instituições reconhecidas pelo mercado e que já tenham experiência suficiente com financiamentos.
A princípio, qualquer pessoa pode contar com esse empréstimo, mas a decisão de liberar o dinheiro cabe ao banco.
Nesse sentido, diversos critérios são levados em consideração para aprovar ou não a concessão do valor solicitado, como a análise de crédito, a comprovação de renda, e um levantamento do seu histórico em relação a possíveis pendências. Feita a avaliação, você saberá se receberá o crédito e quais são os próximos passos a serem dados para que isso aconteça.
Pessoas que têm o nome negativado em órgãos de restrição ao crédito encontram dificuldades maiores na hora de buscar um financiamento de carro. Pensionistas, aposentados e funcionários públicos, por sua vez, tendem a encontrar condições facilitadas, porque o valor pode ser descontado diretamente na folha de pagamento em questão — isso é visto com bons olhos tanto pelos bancos quanto pelos consumidores.
Vale a pena ficar de olho no seu score, que funciona como uma pontuação usada pelas empresas para saber se você paga as suas contas em dias. O indicador pode ir de 0 a 1.000 pontos, sendo que, quanto mais alto, melhor. Para definir os seus pontos, algumas variáveis são analisadas, como:
- existência de débitos ainda não quitados;
- utilização de outros serviços financeiros;
- histórico de solicitações de crédito;
- nível de atividade financeira no mercado;
- entre outras.
De qualquer modo, se você pretende financiar um veículo ou solicitar um empréstimo, é recomendado regularizar todas as pendências antes de negociar com a instituição escolhida.
Tomados esses cuidados, o seu nome terá mais credibilidade e maiores chances de conseguir melhores condições de financiamento de carro, por consequência.
Documentos necessários
A documentação necessária para financiamento de carro varia muito em função da instituição. Afinal, um banco pode solicitar um documento que o outro não pede e por aí vai. Apesar disso, quase todas as financeiras exigem três itens básicos:
- RG (original e cópia);
- CPF (original e cópia);
- comprovante de renda (holerite e/ou extratos bancários — originais e cópias)
Em alguns casos, é pedido um comprovante do estado civil. Desse modo, solteiros devem apresentar original e cópia da Certidão de Nascimento, e os casados, da Certidão de Casamento.
Se você não conseguiu identificar os documentos que a instituição requer, entre em contato para tirar essa dúvida antes de enviar a sua solicitação.
Quais são os juros e as taxas cobradas?
As taxas de juros cobradas pelos bancos mudam bastante de uma empresa para outra. A proposta apresentada também influencia, por conta de fatores como o prazo de pagamento e o valor dado como entrada.
Ainda assim, a principal taxa a ser avaliada é a que incide mensalmente nas parcelas que você precisa pagar para quitar o empréstimo — é ela que vai impactar as suas finanças!
Existem outras taxas menores, que devem ser conhecidas antes da assinatura do contrato. Alguns exemplos recorrentes disso são:
- IOF (Imposto de Operações Financeiras): representa uma cobrança anual de 3% do crédito emprestado e uma cobrança única de 0,38%;
- TAC (Taxa de Abertura de Crédito) ou Taxa de Cadastro: cobrada para verificar se você tem alguma restrição em seu nome;
- SPF (Seguro Proteção Financeira): é um seguro opcional, que garante a não apreensão do carro em casos de inadimplência.
Quais são os cuidados para fazer um bom financiamento de carro?
É inegável que financiar pode ser uma boa opção, mas você precisa tomar alguns cuidados para que essa decisão seja benéfica para o seu bolso.
Se você vai comprar um carro usado, é necessário checar o estado atual, o histórico de reparos do automóvel e a quilometragem.
Outro ponto fundamental é avaliar as suas condições financeiras. Afinal, a ideia do financiamento de carro é melhorar a sua vida e não piorá-la, concorda? Portanto, estude bem os números envolvidos, simule, considere a sua situação e os seus limites.
O financiamento de carros é uma alternativa usada por várias pessoas para viabilizar um sonho. Não deixe de analisar as suas opções e faça um planejamento detalhado. Dessa forma, a compra será uma verdadeira conquista!
Se você gostou do texto e quer financiar um carro, faça as suas simulações e conheça o financiamento de veículos da BV!