Obter um empréstimo é uma solução para resolver problemas financeiros que não podem esperar. No caso do empréstimo consignado, porém, há um limite para os valores a serem solicitados, o que é chamado de margem consignável.
No post, vamos explicar mais detalhadamente o assunto, mostrar o que diz a lei, ensinar a calcular a margem com base na sua renda líquida e trazer algumas dicas para não errar na hora de contratar o crédito consignado. Leia até o fim!
O que é empréstimo consignado?
Trata-se de uma modalidade de crédito na qual os valores das parcelas são debitados diretamente da folha de pagamento ou do benefício previdenciário de quem contrata.
O que é margem consignável?
A margem consignável, então, é o valor máximo que pode ser debitado da renda líquida do contratante para pagamento de uma parcela do empréstimo. No Brasil, a lei estipula que esse valor seja de até 40% da renda líquida total do contratante, sendo 35% para operações de empréstimos com desconto em folha de pagamento e os outros 5% restantes podem ser usados, exclusivamente, para custear despesas com cartão de crédito consignável.
Claro, o empréstimo consignado só pode ser solicitado por quem tenha um salário fixo ou pelos aposentados, que recebem seu benefício mensalmente. Profissionais autônomos não têm como comprovar uma renda fixa e, portanto, devem optar por modalidades de crédito diferentes.
Qual é a influência da margem consignável nos empréstimos?
A margem consignável influencia diretamente a contratação de um empréstimo, já que o valor máximo a ser emprestado deve se enquadrar na capacidade de pagamento do contratante mês a mês.
Além disso, caso o interessado já tenha outro empréstimo em andamento ou outros descontos realizados em folha, a margem consignável é ainda menor, pois a soma dos valores de todos os empréstimos podem chegar apenas ao limite máximo de 35%.
O que a legislação fala sobre a margem consignável?
A Lei 10.820, de 17 de dezembro de 2003, é a que regula os empréstimos consignados e, consequentemente, a margem que limita a contratação desse serviço financeiro no Brasil. A legislação detalha a possibilidade de os trabalhadores com carteira assinada terem valores descontados em folha.
Os empregadores são responsáveis por repassar os valores descontados para a instituição financeira que concedeu o empréstimo, seguindo acordos feitos entre a empresa e os bancos.
Como calcular margem consignável?
Como o limite da margem consignável é de 35% da renda líquida do contratante para descontos em folha de pagamento, é necessário utilizar como base a quantia recebida mensalmente após todos os descontos. Então, você deve multiplicar esse valor por 0,35.
Por exemplo, para quem recebe R$1.500,00 mensais, o valor que corresponde à margem consignável é de R$525,00 por mês. Para quem ganha R$2.000,00 líquidos mensais, o valor da margem será de R$700,00, e assim por diante.
Afinal, como contratar um empréstimo consignado da forma correta?
A contratação de um empréstimo consignado pode resolver muitos problemas para quem não tem uma reserva de emergência para auxiliar na organização de suas contas, mas deve ser feita somente depois de bastante planejamento. Acompanhe as dicas para não perder o controle das contas!
1. Planeje o seu orçamento
Por mais que o limite permitido na contratação de um empréstimo consignado seja de um comprometimento de renda de até 35% ao mês, isso não significa que você precise "preencher" todo esse valor. Se for conseguir pagar e necessitar desse montante, tudo bem. Caso contrário, é possível contratar um empréstimo de valor mais baixo.
Além disso, é fundamental garantir que os pagamentos não vão impactar sua renda de forma a prejudicar a quitação das contas básicas, como com alimentação, moradia, educação e saúde. Apesar de o empréstimo consignado ter a vantagem de ser descontado em folha — o que evita esquecer o pagamento e ter de arcar com juros —, só assuma esse compromisso se realmente tiver necessidade.
2. Invista na sua educação financeira
A educação financeira ajuda as pessoas a se tornar autossuficientes e, assim, alcançar a estabilidade financeira, sem passar por apertos. Por isso, ler a respeito do assunto, assistir a vídeos de educadores reconhecidos no YouTube e, até mesmo, fazer alguns cursinhos sobre o tema pode ser bastante útil Afinal, organização financeira é um problema bastante sério no nosso país.
Uma pesquisa desenvolvida pela Serasa e a Opinion Box revelou que 37% dos brasileiros não têm controle sobre as finanças, enquanto 88% já passaram por alguma dificuldade financeira por conta de sua organização com o dinheiro.
Não é à toa que, em julho de 2023, 71,41 milhões de brasileiros estavam endividados, conforme revelou o Mapa de Inadimplência do Brasil da Serasa.a.
3. Escolha uma boa parceria
Há muitas instituições financeiras sérias no mercado, mas também há aquelas que só querem tirar vantagem de seus clientes. Especialmente funcionários públicos e aposentados, que já têm uma renda mais garantida — pois não correm risco de demissão —, costumam não se preocupar tanto com a vida financeira. Assim, tendem a contrair empréstimos desnecessariamente, correndo riscos maiores.
Por isso, fica a dica: caso decida fazer um empréstimo consignado, escolha bem a instituição parceira e leve em conta sua tradição e solidez no mercado financeiro. Assim, você terá mais sucesso na sua negociação!
Gostou do conteúdo? Agora, você já sabe o que é a margem consignável e conhece uma forma simples de calculá-la. Assim, dá para buscar a melhor opção de crédito com tranquilidade e segurança.
Caso tenha alguma dúvida ou queira saber mais sobre o assunto, entre em contato com o BV!