A gente usa o smartphone para praticamente tudo, não é mesmo? É nosso instrumento para mandar e receber mensagens, ligações, checar o e-mail, navegar pelas redes sociais, comprar online, fazer movimentações bancárias e por aí vai. É por isso que o roubo de celular é perigoso.
Como a nossa vida está quase toda no aparelho, os fraudadores encontraram uma oportunidade para aplicar golpes financeiros. Eles conseguem fazer transferências indevidas, pagamentos, compras e até empréstimos no seu nome.
Para ajudar você a se proteger contra as fraudes, preparamos este conteúdo. Entenda, a seguir, como os fraudadores agem e saiba o que fazer caso sofra algum golpe. Boa leitura!
Roubo de celular e golpe bancário: como isso acontece?
Por meio do roubo do celular, os bandidos acessam os aplicativos de bancos e carteiras digitais instalados nos aparelhos para limpar as contas das vítimas. Além de transferências e pagamentos indevidos, os fraudadores aproveitam a oportunidade para fazer empréstimos em seu nome, usar o cartão de crédito para golpes na compra online, entre outros.
Como os fraudadores agem nesses casos?
Primeiramente, vale ressaltar que os aplicativos bancários são seguros, viu? Afinal de contas, as transações só são autorizadas após fornecimento de senha, biometria, reconhecimento facial, dentre outros meios de validação. E esses dados de uso não ficam armazenados no aparelho.
O problema é que os fraudadores pegam o celular e vasculham tudo para encontrar informações relevantes que o próprio usuário deixa por lá: aplicativos com login e senha já salvos, e-mails, senhas armazenadas no bloco de notas ou enviadas para um familiar pelo WhatsApp, fotos e prints de documentos e cartão de crédito na galeria etc.
Com esses dados em mãos, eles conseguem acessar o aplicativo bancário e fazer movimentações financeiras. É por isso que o roubo de celular costuma ser uma ação comum entre os bandidos.
A preferência é por aparelhos em uso, sabe? Por exemplo: pessoas com o celular na mão à espera do carro de aplicativo de transporte, gente que responde mensagens enquanto atravessa a rua, motoristas no trânsito com app de geolocalização e por aí vai.
Dessa forma, os assaltantes pegam o celular já desbloqueado para mexer nele à vontade. No entanto, muitos conseguem romper essa barreira e destravar o celular mesmo quando ele está bloqueado.
Apesar de ser preocupante, não existem motivos para entrar em pânico e desinstalar todos os apps bancários do seu aparelho. Ao adotar algumas medidas de segurança, é possível dificultar ou até impedir a ação dos criminosos. É sobre isso que vamos falar a seguir.
Como se proteger contra roubo de celular e golpe bancário?
Como explicamos, na maioria dos casos, os bandidos usam as informações que nós mesmos deixamos no celular para aplicar golpes bancários. A forma de agir é semelhante aos golpes na internet, sabe? São armadilhas que nos induzem a fornecer dados pessoais.
No entanto, com alguns cuidados básicos, dá para usar o aparelho com tranquilidade e ter mais segurança nas compras online e em transações bancárias. Olha só algumas dicas legais.
Use o procedimento de bloqueio de tela do aparelho
Código numérico, PIN, biometria, reconhecimento facial etc. Não importa qual seja o mecanismo de segurança: é fundamental manter o bloqueio de tela. É interessante, inclusive, configurar o travamento automático após um tempo de inatividade. O ideal é que esse prazo seja o menor possível: 15 ou 30 segundos, por exemplo.
Não deixe login e senha salvos
Uma coisa a gente não pode negar: marcar o lembrete de senha dá mais praticidade ao nosso dia a dia, não é mesmo? O problema é que facilita a vida dos bandidos também. Sendo assim, não utilize o recurso.
Essa dica é boa também quando o assunto é como se proteger de golpe na compra online. Se você já está logado em algum e-commerce, por exemplo, o fraudador pode acessar o seu cadastro e pegar informações do cartão de crédito, entre outros dados pessoais.
Mesmo quando você aplica a ferramenta apenas em páginas sem importância, o fraudador pode clicar no ícone “visualizar senha” e tentar usar a mesma combinação no app do banco. Falando nisso: não use a mesma senha para tudo e evite códigos óbvios como dia do aniversário, número do documento, sequências numéricas e tal. Afinal de contas, se o bandido descobrir uma senha, descobre todas, né?
Outra orientação legal é não deixar nem o login salvo. A lógica é simples: o fraudador pode clicar no “esqueci a senha”. Daí ele receberá um e-mail ou SMS no próprio aparelho e conseguirá mudar o código.
Memorize a sua senha
Nada de anotar os números no bloco de notas, no rascunho do e-mail, no WhatsApp ou em qualquer outro lugar que pode ser acessado pelo celular, combinado? O ideal é decorar a combinação e não a fornecer para ninguém.
Crie camadas extras de proteção
Para ler SMS ou fazer ligações, por exemplo, você não precisa inserir senha, certo? Mas você sabia que é possível bloquear esses recursos? Basta proteger o chip e o aplicativo de mensagem com PIN ou impressão digital. Isso também vale para apps de bancos: crie um bloqueio adicional que exige outra senha para abrir o aplicativo.
O que fazer em caso de roubo de celular?
Tomei todos os cuidados, mas tive o celular roubado: e agora? Nossa recomendação é manter a calma para conseguir contornar a situação rapidamente. Veja só quais medidas adotar e o que fazer para evitar golpes financeiros mesmo após ter o aparelho roubado.
Entre em contato com o banco para avisar sobre o roubo
O primeiro passo é ligar para o banco e solicitar o bloqueio da conta. Dessa forma, os bandidos não conseguirão movimentá-la. Mas atenção: faça isso o mais rápido possível porque, geralmente, os criminosos zeram o saldo em poucos minutos.
Apague os dados do celular remotamente
Após fazer o comunicado ao banco, acesse o aparelho remotamente para apagar todos os dados salvos. É como se você formatasse o aparelho e ele voltasse para as configurações de fábrica, entende?
É possível fazer isso por meio do recurso “encontre meu dispositivo” para iOs (iPhone) e Android. Aproveite a oportunidade para mudar as senhas de aplicativos que você pode ter esquecido abertos, como redes sociais e e-mail.
Registre um Boletim de Ocorrência
O famoso BO é um documento que formaliza uma ocorrência perante as autoridades policiais. É a partir dessa “notícia crime” que as investigações começam. No caso do roubo do celular, além de permitir a busca pelos criminosos, o Boletim de Ocorrência é fundamental para resguardar seus direitos.
Bloqueie o aparelho
O bloqueio do celular torna-o inutilizável. Não dá para se conectar à internet, nem fazer ligações, mesmo após a troca do chip. Esse procedimento é feito por meio do IMEI — uma espécie de número de identidade do aparelho, sabe? Você pode encontrar a sequência:
- na caixa original do aparelho;
- atrás da bateria, no celular;
- ao digitar *#06# no telefone;
- com o recurso “encontre meu dispositivo” porque lá tem a informação do IMEI do aparelho conectado à conta.
Com esse número em mãos, basta entrar em contato com a sua operadora e solicitar o bloqueio. Geralmente, a empresa pede um documento de identificação e o Boletim de Ocorrência para finalizar o processo.
O roubo de celular é uma situação desagradável, mas ao adotar algumas medidas de segurança, é possível evitar o golpe bancário. Vale lembrar, mais uma vez, que os aplicativos de banco são seguros e garantem maior praticidade ao nosso dia a dia. É só tomar alguns cuidados básicos que dá para usá-los com tranquilidade
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