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Publicado em

14/08/20 17:24

por

Equipe BV Inspira

Superendividamento: o que é e como evitar

Com a queda do crescimento econômico e o aumento da crise, o superendividamento se tornou um dos grandes vilões para os trabalhadores brasileiros. Afinal, o desemprego, o alto custo de vida e as incertezas relacionadas à renda por parte de milhões de trabalhadores informais dificultam o planejamento financeiro.

Neste artigo, vamos detalhar o que é o superendividamento, suas principais causas e, sobretudo, as soluções para evitar essa situação ou para sair dela. Não gastar mais do que se ganha, procurar por renegociações e cortar itens dispensáveis é essencial, mas é possível ir além.

Agora, pode consumir o artigo a seguir sem economizar. Boa leitura!

O que é superendividamento?

O superendividamento é o acúmulo de compromissos financeiros que uma pessoa tem ao mesmo tempo, sendo que o valor a ser pago é maior que sua renda mensal. Na prática, não é possível quitar os pagamentos e ainda ter condições de sustentar a si mesmo e a sua família.

O superendividamento ocorre, principalmente, quando alguém faz um investimento que não dá certo, comprometendo sua renda para pagar algum débito. Há também os casos em que a pessoa tem um custo de vida superior à sua renda e acaba fazendo empréstimos em quantidade maior do que o recomendado para sua saúde financeira.

Esse endividamento de grande porte ainda pode ocorrer por outros fatores, como uso excessivo do cartão de crédito, perda do emprego, custos elevados em função de uma doença na família e outras razões que possam interferir na renda.

Como descobrir se estou superendividado?

A partir do momento em que a renda mensal não é suficiente para pagar todas as contas do período, daí elas se acumulam e a situação se estende por um período longo, sem sinal de que vá melhorar, então o superendividamento já existe.

Suas consequências vão além do ponto de vista econômico e afetam as pessoas inclusive nos aspectos sociais e psicológicos. Quando falta dinheiro, não é mais possível aceitar um convite de amigos para sair para jantar, por exemplo. A educação, saúde e bem-estar da família passam a ser negligenciados pelo baixo poder de investimento. E até mesmo necessidades básicas, como alimentação e moradia, ficam comprometidas, dependendo da gravidade da situação.

Brasileiros estão mais endividados

Uma pesquisa realizada em 2020 demonstra que o nível de endividamento dos brasileiros continua alto. Em abril, 66,6% das famílias estavam com dívidas no país, incluindo aí valores devidos com produtos e serviços como cheque especial, parcelamento do financiamento do carro, seguro, cartão de crédito, empréstimo pessoal, carnês do comércio, entre outros.

Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), feita pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), efetuada entre março e abril de 2020 — pouco após o início da pandemia do novo coronavírus. Do total de endividados, 77,6% apontam como principal razão o uso indiscriminado do cartão de crédito.

Quais são as principais dicas sobre o assunto?

O superendividamento é um problema sério, mas que pode ser superado. É necessário muito esforço, disciplina e o suporte de amigos e da família. No entanto, com bastante trabalho e dedicação, dá para sair dessa situação. Acompanhe as dicas mais relevantes sobre o tema.

Conheça a sua real situação financeira

O que leva as pessoas ao superendividamento, na maioria das vezes, é não ter uma noção clara a respeito de suas finanças. Quando se gasta mais do que se tem, as contas não fecham.

É claro que ninguém fica endividado porque quer, porém, um erro de planejamento ou valores esperados, mas que não entram, entre outros motivos, podem complicar a condição financeira. Se a situação não é controlada rapidamente, o famoso efeito bola de neve acaba sendo destruidor para as finanças de qualquer um.

Por isso, é fundamental seguir estes passos na análise da situação:

  • calcular exatamente o valor total dos débitos e entender o quanto as parcelas consomem da renda mensal total a cada 30 dias;
  • verificar os valores gastos com contas básicas (alimentação, energia elétrica, Internet, entre outras);
  • saber qual a renda total disponível para pagamento tanto das dívidas quanto das despesas essenciais.

A partir daí, pode-se pensar em soluções, que variam entre o corte de contas não importantes, a busca por uma renda extra, a venda de bens, como carros e imóveis, renegociações, entre outras.

Viva conforme a sua renda

Como já falamos neste post, não dá para gastar mais do que se ganha, certo? A dica parece óbvia, contudo, na prática, nem sempre é fácil administrar as finanças. Especialmente para quem não tem um salário fixo, muitas vezes há a expectativa de entrada de valores relacionados a trabalhos feitos de forma autônoma, mas que acabam atrasando ou nem sempre se confirmam.

Ainda assim, o planejamento é fundamental para não cair no superendividamento. Se a sua renda média mensal é X, não dá para gastar X+1. Naqueles meses em que se ganhou um pouco mais, dá para flexibilizar, é claro, mas sempre com cuidado para não engatar um parcelamento muito extenso que provoque comprometimento de renda.

Corte o dispensável

Muitas contas surgem pelo desejo de consumir mais do que o necessário. É claro que todo mundo tem sonhos: viajar, renovar o guarda-roupa, comprar um carro, reformar a casa. Mas sem um planejamento que viabilize comprometer a renda em itens supérfluos, é mais recomendado economizar antes para gastar depois, com o dinheiro já garantido.

Além disso, é preciso ter em mente que a situação de superendividamento é temporária e que, com dedicação e foco, dá para sair dessa. O ideal é fazer um pouquinho de esforço para resolver a situação agora e, em um momento futuro, com mais tranquilidade, voltar a consumir produtos e serviços, que são dispensáveis hoje.

Comprometa apenas uma porcentagem da sua renda

Já sabemos que quando se ganha X, não dá para gastar X+1. Mas também não é necessário torrar todo o salário a cada mês: aprenda a poupar! Quando a renda está fluindo bem e as contas estão em dia, habitue-se a gastar X-1, X-2... Sempre que sobrar um dinheirinho, poupe.

Além disso, não comprometa 100% da sua renda com as contas básicas. Se todo o salário é destinado à alimentação, energia elétrica, saúde, educação e outros itens essenciais, é hora de repensar seus gastos, de procurar um trabalho mais lucrativo ou de ter uma renda adicional.

Dê uma chance às negociações

O mercado financeiro é bem aberto a renegociações. Afinal, é melhor receber em mais parcelas e com a quitação completa em mais tempo do que não ver mais a cor do dinheiro. Por isso, procure sua instituição financeira para propor um acordo e fique atento aos feirões promovidos tanto pelos bancos quanto pelos serviços de proteção ao crédito. No Serasa, por exemplo, dá para fazer a negociação online.

Entendeu quais são as principais causas do superendividamento e como sair dessa saia justa? Esperamos que tenha gostado do artigo e esteja preparado para encarar tal situação de frente, caso esteja passando por esse aperto. Com disciplina e organização, dá para se recuperar!

Agora, compartilhe este texto nas suas redes sociais, para ajudar os amigos que possam estar passando por isso também!

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