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Publicado em

11/04/23 17:30

por

Equipe BV Inspira

Orçamento familiar: como manter o equilíbrio nas finanças da casa

Cuidar do orçamento familiar é fundamental para deixar as contas no azul no fim do mês e ainda alcançar os objetivos que foram planejados. Para que isso seja possível, é necessário ter bastante disciplina e organização — é aí que muitas pessoas se perdem e não conseguem levar o planejamento adiante.

De fato, cuidar das finanças não é uma das atividades mais divertidas, principalmente por envolver cálculos e, em muitos casos, alguns ajustes na forma como o dinheiro é gasto.

Neste artigo explicamos por que você deve se preocupar com o orçamento familiar, como ele pode ser feito, de que forma todos os envolvidos podem contribuir e o que fazer com o dinheiro que é economizado. Continue a leitura e fique por dentro do assunto!

Por que se preocupar com o orçamento familiar?

O orçamento familiar diz respeito aos recebimentos das pessoas que moram na casa e todas as despesas mensais — sejam elas ligadas à moradia, sejam elas pessoais.

Só por essa explicação e pela quantidade de moradores já é possível imaginar a confusão que pode surgir caso as contas não sejam devidamente organizadas e divididas, certo?

Por isso, o ideal é pensar como se fosse um condomínio: cada pessoa precisa contribuir com um valor mensalmente para garantir o pagamento das contas básicas — como energia elétrica, água, internet e supermercado, por exemplo — e o funcionamento da casa.

É dessa forma que todos têm a segurança de que os compromissos serão honrados nas datas certas e que não há o risco de faltar alguma coisa.

Quem deve ser responsável pelo controle financeiro na casa?

Como você deve imaginar, deixar várias pessoas cuidando de uma algo pode não ser a melhor alternativa. As chances de algum ponto ser negligenciado são bem altas — e sempre com aquele argumento de que "achei que o outro já tinha feito".

O ideal é definir uma pessoa que ficará responsável pelo controle financeiro da casa, mas isso não impede que os demais participem, questionem as decisões e ajudem a manter tudo em dia.

Converse com as crianças sobre dinheiro

É importante ensinar as crianças desde cedo sobre a importância de controlar o dinheiro e de quais maneiras isso pode ser feito. Essa educação financeira é essencial para que elas aprendam a lidar com as contas de forma equilibrada, sobre a importância de fazer economias e, principalmente, como cuidar das finanças da casa.

É possível explicar sobre as ajudas necessárias, como usar a energia elétrica de forma consciente, as melhores formas de evitar o desperdício de alimentos, por que não gastar água além do necessário, entre outros pontos.

Converse com o marido/a esposa sobre as finanças

Como é de se esperar, aqui a conversa é um pouco mais profunda. Nesse caso, é necessário deixar o tabu de falar sobre dinheiro de lado e ter um diálogo honesto sobre os ganhos, as possibilidades e as expectativas.

O ideal é definir o percentual de contribuição de cada um, e isso vai depender exclusivamente de como ambos encaram a situação. Enquanto há pessoas que acreditam que tudo deve ser dividido por igual, outras defendem que quem recebe um salário maior deve arcar com mais despesas.

Defina metas

Outra questão que deve ser colocada em pauta é a definição das metas. O que vocês pretendem fazer em conjunto? Aqui vão algumas possibilidades:

  • trocar de carro;
  • mudar para uma casa maior;
  • reformar o apartamento;
  • fazer uma viagem internacional.

É recomendável fazer uma lista de desejos que será usada para orientar as ações tomadas, principalmente no que diz respeito a guardar o dinheiro necessário para a realização de cada um deles.

Faça acordos

Provavelmente vocês terão que fazer concessões e alguns ajustes nos gastos para que o orçamento familiar fique equilibrado e ainda seja possível alcançar os objetivos que foram definidos.

Por isso, é importante fazer acordos e se esforçar para cumpri-los. Isso significa que é importante haver sinceridade e cumplicidade — e nada de comprar por impulso e fazer dívidas escondido do outro, viu?

Por que ter metas e objetivos é tão importante?

Já que tocamos no assunto de definir metas, você sabe por que isso é tão importante? É por meio delas que você consegue se planejar e organizar as finanças pessoais para alcançá-las.

Assim, todos têm uma referência a respeito de quais escolhas devem ser feitas e como cada um deve se comprometer para chegar ao objetivo desejado.

Defina as prioridades familiares

Essa questão é bem pessoal e varia entre as famílias. Enquanto, para uns, a prioridade é pagar as contas em dia sem se importar muito com o restante, para outros isso não é o suficiente, e uma viagem anual deve entrar no orçamento.

Definir essas questões é parte essencial nesse processo de planejamento. Assim, todos ficam sabendo dos esforços necessários e para qual meta eles devem ser direcionados.

Converse sobre as metas individuais

Estamos falando bastante aqui sobre o orçamento familiar, mas também não podemos nos esquecer das metas individuais. Apesar das responsabilidades com a casa, certamente existem desejos pessoais que também precisam ser considerados.

Isso envolve estudar, viajar, investir em cuidados pessoais e adquirir bens materiais, por exemplo. Nesse sentido, deve-se conversar e entrar em um acordo para que seja possível conciliar os compromissos da casa com o controle das finanças pessoais.

Divida as metas por prazo

Depois que as metas foram definidas e todos estão de acordo, é o momento de criar um planejamento. Para isso, vale a pena definir qual é o prazo estimado para que elas sejam realizadas. Veja, nos próximos tópicos, algumas orientações a respeito de como isso pode ser feito.

Metas de curto prazo

Aqui ficam os objetivos que você pretende alcançar em breve. No geral, trata-se de um período de 1 a 3 anos. Nesse caso, pode-se incluir viagens ou algum curso, por exemplo.

Dependendo do valor necessário para a realização da meta, será preciso fazer um esforço financeiro maior, visto que o tempo é mais curto.

Na prática, se você quer fazer uma viagem que custa R$6.000,00 daqui a 2 anos, saberá que precisa economizar pelo menos R$250,00 por mês. A partir daí, já fica bem mais fácil saber quais ajustes precisa fazer para poupar essa quantia periodicamente.

Metas de médio prazo

Já as metas de médio prazo envolvem um período um pouco maior. De modo geral, são aquelas que se encaixam em um intervalo entre 5 e 10 anos e envolvem objetivos um pouco mais complexos. Isso pode incluir a compra de um carro para a família ou o pagamento de uma faculdade, por exemplo.

Metas de longo prazo

Já as metas de longo prazo são aquelas que se espera alcançar em um período de 10 anos ou mais. Comprar uma casa e planejar a aposentadoria são dois ótimos exemplos desses objetivos.

Aqui, a organização é um pouco mais complicada, visto que você precisa realizar esforços para conquistar alguma coisa que ainda está bem distante da sua realidade hoje. Por isso, você deve ter bastante disciplina e não perder a motivação — já que o resultado não será percebido facilmente.

Como uma planilha de gastos pode ajudar?

Quando falamos em controle do orçamento familiar, é impossível não pensar em algum método de controle. Você consegue imaginar as contas todas organizadas e uma boa gestão do seu dinheiro fazendo tudo de cabeça? Difícil, não é? Ainda mais com tantas preocupações que temos no dia a dia.

Nesse contexto, uma planilha de gastos é uma grande aliada, e você pode encontrar documentos já prontos na internet. Se você não tem muito conhecimento sobre o Excel, não precisa se preocupar, já que só será necessário inserir os dados — geralmente as planilhas são bem simples e intuitivas.

Apesar do visual e das funções mudarem de uma planilha para outra, existem algumas informações que são comuns a todas elas:

  • renda;
  • despesas divididas em categorias: moradia, contas fixas, supermercado, transporte, estudos, saúde, pets, lazer, cartões de crédito, dívidas e economias, por exemplo;
  • saldo: o valor da receita menos o valor das despesas.

Além de ajudar a controlar os gastos, as planilhas também facilitam a visualização de como acontece o fluxo de dinheiro em casa.

Caso não queira utilizar a planilha por algum motivo, você pode recorrer aos aplicativos ou ao famoso caderninho. O importante é escolher o método que funcione melhor para a sua rotina.

Analise como a verba é gasta mensalmente

Com o acompanhamento da planilha, é preciso analisar os dados que estão ali. Veja como os rendimentos são gastos dentro do mês e identifique para onde o dinheiro vai.

Se a planilha for dividida em categorias, esse trabalho fica ainda mais fácil, pois permite entender — de forma bem visual e prática — o que mais consome a verba familiar e se é o caso de acender algum alerta.

É bem provável que as contas fixas e relacionadas à moradia sejam a maior soma, mas se os gastos com cartão de crédito chegam próximos disso, é sinal de que alguma coisa está desajustada e pode comprometer a saúde financeira de todos os envolvidos.

Corte gastos desnecessários

Depois de avaliar todos os gastos e de que forma eles consomem a renda familiar, é o momento de identificar quais deles são supérfluos e encontrar ações para cortá-los ou reduzi-los.

Quando essa atitude é tomada, sobra mais dinheiro para alcançar os objetivos e fazer economias. Só por aí você já pode ver a importância de fazer esse controle.

Vale destacar que você não precisa sacrificar o seu padrão e estilo de vida para colocar isso em prática. Com algumas mudanças graduais, já é possível notar uma diferença. Pense em algumas questões como as listadas a seguir.

- Você explora o potencial do plano de telefonia e TV a cabo ou pode migrar para um mais simples e mais barato?
- É possível trocar as idas frequentes ao restaurante por fazer refeições em casa (mais saudáveis e baratas)?
- Dá para negociar tarifas com o banco para pagar uma mensalidade mais barata?

A partir dessas e de outras ações já é possível gerar economia mensalmente. Com o tempo, outras mudanças podem ser aplicadas para deixar o orçamento ainda mais enxuto.

Entenda melhor as finanças da casa

É importante que todos os envolvidos participem desse acompanhamento, mesmo que seja uma vez por mês, na hora de fechar e analisar as contas, fazendo uma espécie de "balanço" do desempenho financeiro da família.

Isso ajuda a entender melhor como a verba é gasta, o que tem sugado mais dinheiro — e impedido de realizar outras tarefas — e as mudanças que precisam ser aplicadas, por exemplo.

Como consequência, fica mais fácil manter todo mundo motivado e fazer com que as contas estejam em dia.

Consiga uma renda extra

Se a situação ficou apertada e você não sabe mais de onde cortar gastos, é hora de pensar em criar uma renda extra. Ela vai ajudar a desafogar as finanças e, dependendo da situação, a chegar mais rápido aos seus objetivos.

Você tem algum hobby ou habilidade para fazer alguma atividade? Aproveite para transformar isso em dinheiro!

Como fazer com que todo mundo contribua?

Já comentamos que controlar o orçamento não é uma das tarefas mais divertidas, e de fato, muita gente assume que não gosta — faz somente pela necessidade de deixar tudo em dia.

Por isso, pode ser que você encontre certa resistência na hora de monitorar as contas e principalmente de controlar os gastos. Afinal, nem todo mundo tem a mesma disposição para abrir mão de algumas coisas, concorda?

Diante disso, como fazer para que todos os moradores contribuam de certa forma para manter as finanças da casa sob controle? Nos próximos tópicos, oferecemos algumas dicas que podem ajudar nessa missão.

Crie pequenas recompensas

À medida que as metas vão sendo alcançadas, por que não criar alguma forma de recompensar a família inteira por isso? Vocês podem pedir uma pizza no final de semana ou planejar um passeio bem legal — dependendo da disponibilidade de dinheiro, é claro.

Com esses pequenos mimos, o empenho e a motivação de fazer tudo certinho acabam sendo maiores, já que haverá sempre a espera por alguma recompensa.

O ideal é que elas sejam decididas em conjunto, de forma que agrade a todos. Caso contrário, o efeito pode ser o oposto ao desejado. Portanto, façam uma lista com todas as ideias disponíveis e cheguem a um consenso de quais delas são as melhores opções para realizar em família.

Você também pode oferecer recompensas individuais. O bom dessa estratégia é que elas não precisam estar, necessariamente, ligadas a um novo gasto. Para os filhos, isso pode significar um tempo a mais no vídeo game ou um final de semana na casa de algum amigo, por exemplo.

Mostre claramente os benefícios para todos

Uma das melhores formas de motivar as pessoas a fazerem algo é mostrando como determinadas ações podem gerar benefícios na prática. No caso do cuidado com o orçamento familiar, você pode mostrar alguns cálculos que comprovam a economia gerada em determinado período e de que forma ela pode ser utilizada.

Sabe aquele pacote de TV a cabo que foi reduzido ou cortado? Pode contribuir consideravelmente para aquela sonhada viagem para a praia no final do ano. Em resumo, sempre que as decisões a respeito de mudanças (principalmente as mais difíceis) forem tomadas, procure mostrar qual será o benefício que vem como consequência.

Onde deixar o dinheiro que foi economizado?

Parte do trabalho de controlar o orçamento familiar envolve o objetivo de fazer economias e ter algum dinheiro guardado. Contudo, muitas pessoas têm dúvidas a respeito do que fazer com as quantias quando chega esse momento. Veja, a seguir, duas alternativas excelentes.

Faça uma reserva de emergência

A reserva de emergência, como o nome sugere, é utilizada para aqueles momentos em que imprevistos ocorrem e precisam ser resolvidos de imediato. Entre eles, estão:

  • urgência médica;
  • levar o pet ao veterinário;
  • situação de desemprego.

O objetivo é que você consiga solucionar os problemas sem ter que recorrer ao cartão de crédito, por exemplo. Dessa forma, a reserva existe para gerar certa tranquilidade financeira para você e seus familiares.

Como ela deve ser formada

Para pessoas que trabalham em regime de CLT, são concursadas ou têm outra fonte de renda fixa, o ideal é que a reserva de emergência seja equivalente à soma do custo de vida por um período de 6 meses. Se os gastos mensais são de R$3.000,00, isso significa que a sua reserva deve ser de R$18.000,00, no total.

Por outro lado, no caso de autônomos e outros profissionais que não têm uma renda previsível e mais certa, o recomendado é que as economias sejam a soma de 12 meses do custo de vida. Utilizando o mesmo exemplo acima, a reserva de emergência teria que ser de R$36.000,00.

Os cuidados necessários com a reserva

É importante frisar que o montante deve ser usado apenas em momentos de emergência, o que não inclui:

  • fazer uma viagem;
  • pegar o modelo mais atualizado de celular;
  • trocar de carro;
  • comprar roupas novas.

Mais uma vez é importante ressaltar: ter disciplina para controlar as finanças é fundamental. Além disso, sempre que for necessário utilizar alguma quantidade desse montante, você precisará se esforçar para economizar e voltar ao valor original.

Dependendo das suas condições, pode ser que alcançar a meta seja algo demorado. Entretanto, é importante não desistir dessa etapa caso você queira ter uma vida financeira mais tranquila com a sua família.

Invista o dinheiro de acordo com os prazos das metas

Agora que as economias estão sendo feitas — inclusive com a reserva de emergência —, você já pode pensar em dar mais um passo e começar a investir o que tem guardado. Dessa forma, você faz o seu dinheiro render juros e ele acaba trabalhando para você — se transformando em mais capital.

Vale ressaltar que essa estratégia deve ser muito estudada: a decisão deve ter como base os objetivos e os prazos das suas metas.

Reserva de emergência e objetivos de curto prazo

A reserva de emergência, por exemplo, precisa ser aplicada em um investimento que tenha liquidez diária. Isso significa que o seu dinheiro rende todos os dias e pode ser retirado da aplicação a qualquer momento. 

Por se tratar de uma verba que pode se tornar necessária sem aviso prévio, é importante que você consiga ter acesso a ela quando precisar. Nesse caso, o Tesouro Selic pode ser uma boa opção.

No que diz respeito às metas de curto prazo, você pode contar com aplicações de liquidez diária ou encontrar alguma opção que permita resgatar o dinheiro dentro de 1, 2 ou 3 anos, por exemplo. Aqui, estão os CDBs, LCIs e LCAs.

Metas de médio prazo

Já para os objetivos como estudos, viagens e a compra de um automóvel, por exemplo, o dinheiro pode ser aplicado em investimentos que têm prazo e rentabilidade pré-fixados. Em outras palavras, na hora de adquirir o título, você saberá exatamente quando ele pode ser resgatado e qual valor terá rendido até lá.

Nesses casos você pode investir em CDBs, LCIs, LCAs e até mesmo em títulos do Tesouro IPCA.

Metas de longo prazo

As metas de longo prazo, por sua vez, permitem que se faça aplicações com datas de vencimento mais longas. Tomando o planejamento para a aposentadoria como exemplo, você precisa definir quando é que deseja iniciar essa fase e de quanto precisa para viver de forma confortável.

Isso vai ajudar a definir qual é o montante mensal que precisa ser guardado e em qual aplicação isso pode ser feito. Como opções, você tem a previdência privada e o Tesouro IPCA 2045, por exemplo.

Se você já tem conhecimentos mais avançados em investimentos, pode partir para a renda variável e começar a aplicar em Fundos de Investimentos Imobiliários (FIIs) e ações.

Em todos os casos, é importante que você estude bastante as aplicações, os prós, os contras, a liquidez e a rentabilidade oferecida. A partir das informações levantadas, você terá conhecimento suficiente para tomar a decisão mais acertada.

É por meio do controle do orçamento familiar que se consegue organizar as contas da casa, definir e alcançar metas sem ter que sacrificar por completo o seu estilo de vida. Como você viu aqui, a organização é indispensável para que a sua rotina se mantenha saudável.

Gostou deste artigo? Quer se aprofundar ainda mais nesse universo de organização financeira? Então, entenda mais sobre as finanças pessoais!

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