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Publicado em

18/08/22 09:00

por

Equipe BV Inspira

Como ter uma melhor gestão financeira pessoal? Saiba mais!

Você sabe o que é gestão financeira pessoal? Praticar o controle financeiro é fundamental para economizar e ter uma vida mais tranquila, sem assumir gastos desnecessários e com a possibilidade de ter uma boa quantidade de dinheiro no longo prazo.

Para isso, desenvolver meios de praticar sua gestão financeira pessoal é a primeira etapa para ter uma vida financeira saudável, equilibrando despesas e ganhos, economizando para realizar seus objetivos de consumo e tr segurança no futuro.

Ao administrar as finanças pessoais com dedicação, você saberá exatamente aonde o seu dinheiro está indo, além de evitar surpresas desagradáveis no final do mês (como se deparar com as suas contas no vermelho) e conduzir os seus ganhos de acordo com aquilo que realmente pode gastar. 

Pensando nisso, elaboramos este guia de gestão financeira pessoal, para que você consiga preparar e executar um plano financeiro eficiente. Acompanhe! 

Qual a importância da gestão financeira pessoal?

O controle financeiro pessoal é indispensável para garantir um relacionamento saudável com o próprio dinheiro. Com ele, é possível desenvolver hábitos econômicos prudentes que podem ser levados para toda a vida, além de incentivar pessoas próximas a fazerem o mesmo. 

Veja a seguir os motivos que comprovam a importância da gestão financeira pessoal: 

Permite a melhor avaliação dos gastos

Muita gente é pega de surpresa quando registra pela primeira vez as suas despesas mensais, já que, geralmente, a quantia gasta em itens e serviços desnecessários é muito maior do que se imagina. 

Além disso, após ter uma melhor percepção de como se comportam as contas, fica mais simples reavaliar suas práticas ou vícios de consumo. Dessa maneira, você consegue priorizar as categorias de despesas realmente relevantes, como saúde, habitação e alimentação, bem como descobrir potenciais diminuições ou cortes.

Ajuda a eliminar endividamentos

No Brasil — por causa de diversos tributos e facilidades de compra existentes —, a gestão financeira pessoal é desafiadora. Esse cenário já é bastante convincente para se adotar medidas economicamente viáveis, já que elas podem evitar endividamentos desnecessários. 

Após registrar todas as despesas e classificar aquelas (veremos mais sobre isso adiante) que se pode eliminar e/ou economizar, é possível descobrir, com maior precisão, quanto do orçamento pessoal pode ser direcionado para quitar as contas existentes. 

 

Foco em calculadora simples e uma pessoa usando a calculadora (o rosto da pessoa não aparece na imagem)
Legenda: A gestão financeira pessoal te auxilia a visualizar formas de alcançar seus objetivos.

Facilita o atingimento de objetivos financeiros

Esse tipo de planejamento financeiro pessoal pode funcionar como um trampolim para conquistar objetivos de longo prazo, como comprar um imóvel, trocar de carro, mudar-se para um bairro melhor, viajar com toda a família nas férias e, até mesmo, separar uma quantia para a aposentadoria. 

Ao organizar o seu orçamento pessoal, aos poucos, você consegue aumentar os seus planos e enxugar as despesas para fazer investimentos. Sabendo o valor mensal necessário para alcançar cada meta, torna-se possível descobrir quanto tempo será preciso para atingi-las, o que ajuda a transformar os seus objetivos em conquistas reais.

Reduz as incertezas financeiras

Além dos ganhos financeiros citados até o momento, sua gestão financeira pessoal também traz benefícios que nenhum dinheiro paga: bem-estar, segurança, saúde (mental e física) e tranquilidade

Quando você diminui a probabilidade de incerteza financeira da sua rotina, elimina uma das maiores causas de ansiedade, angústia e estresse. Portanto, desenvolver um hábito economicamente organizado em suas finanças pessoais é fundamental para ter uma vida mais calma e feliz.

Permite ter uma reserva para emergências

Quando você não tem muitas contas para pagar e consegue economizar uma boa quantia, pode separar um dinheiro para circunstâncias inesperadas.  

Por exemplo, imagine que você ou algum parente próximo precise passar por algum procedimento médico que demande um tratamento de custo elevado. Pode parecer exagero, mas gastos emergenciais podem prejudicar boa parte do seu orçamento pessoal. Por isso, é importante se preparar e ter uma reserva de emergência.

Pode multiplicar o dinheiro

Ninguém gosta de viver no limite, certo?  A gestão financeira pessoal pode te auxiliar a controlar melhor seus gastos e, com isso, você pode utilizar o que sobra para  investir e multiplicar o seu dinheiro, o que permite seguir em frente de forma próspera, segura e confortável. 

Conhecendo os gastos e ganhos

Ao contrário do que muita gente acha, fazer uma organização financeira pessoal não exige um conhecimento profundo. Para isso, basta fazer dois questionamentos:

1. Qual é a minha renda líquida, isto é, quanto eu recebo efetivamente todo mês?
2. Quais são as minhas despesas, ou seja, quais os gastos que tenho mensalmente? 

Quando você possui  vários tipos de rendas (ganhos), é fundamental que você saiba em quais categorias cada uma se encaixa, já que isso afeta diretamente o seu orçamento. As principais categorias de renda são:

  • Ganhos temporários: quando o valor recebido tem um prazo para acabar. Exemplo: recebimento de aluguel;
  • Ganhos vitalícios: quando a renda recebida não tem prazo para terminar. Exemplo: aposentadoria;
  • Ganhos fixos ou estáveis: quando a quantia recebida é igual ou varia pouco. Exemplo: salário;
  • Ganhos variáveis: quando os valores recebidos oscilam entre si. Exemplo: bônus por produtividade, comissão de vendas, dividendos (partes do lucro de um empreendimento que é dividido entre sócios), entre outros.

  importante que você saiba que a sua renda líquida é o dinheiro que você recebe de fato. Esse é o valor que “resta” após todos os abatimentos e descontos feitos na sua remuneração mensal, tais como INSS, Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF), FGTS, convênios, entre outros. 

Além disso, quanto mais tipos de arrecadações você tiver, mais preciso deverá ser o seu controle financeiro pessoal. Só dessa maneira você saberá exatamente quanto ganha e quanto pode gastar sem se comprometer. Em relação aos gastos, é possível classificá-los em duas categorias: 

Despesas fixas

São valores fixos ou que variam pouco e geralmente ocorrem todo mês.

Veja alguns exemplos:

  • Aluguel ou prestação de imóvel;
  • Condomínio;
  • Escola particular dos filhos;
  • Empregada doméstica;
  • Empréstimos;
  • Financiamentos;
  • Faculdade;
  • Impostos (IPTU e IPVA);
  • Mensalidade do carro;
  • Plano de saúde;
  • Seguros em geral (saúde, automóvel, casa etc.). 

Despesas variáveis

São valores que oscilam conforme a frequência e intensidade de consumo e podem não surgir todo mês, mesmo assim, é importante incluí-los em sua gestão financeira pessoal. Veja alguns exemplos:

  • Alimentação;
  • Água, luz e gás;
  • Cartão de crédito e cheque especial;
  • Combustível, estacionamento e transportes públicos;
  • Cuidados pontuais com animais de estimação (ex: vacinas);
  • Gastos pontuais em farmácia;
  • Higiene (cuidados pessoais);
  • Lazer (cinema, exposição de arte, teatro, shows, visitas a museus etc.);
  • Passeios e viagens;
  • Vestuário.

É claro que existem outras despesas. Por isso, é preciso que você liste tudo de forma minuciosa.  

Separe um tempo do seu dia só para fazer isso, assim, você não se esquece de incluir aquelas que podem parecer irrisórias, como os cafezinhos diários ou lanches rápidos. 

Ferramentas para auxiliar sua organização financeira pessoal

Fazer um planejamento financeiro pessoal é algo desafiador, mas perfeitamente possível se você usar as ferramentas específicas para isso.

Conheça algumas sugestões tentadoras.

Planilhas

As planilhas de finanças pessoais podem ser bastante úteis para realizar uma gestão financeira pessoal mais precisa. Sua planilha pode ser elaborada do zero — em um software como Excel ou Sheets — ou ser baixada em sites da internet. A primeira alternativa pode ser conveniente para quem gosta de ter uma tabela personalizada, já que os tipos de ganhos e gastos serão nomeados conforme a sua realidade. 

No entanto, baixar um documento pronto não exige domínio desse tipo de sistema, além de ser mais prático e rápido. Nesse caso, você pode escolher uma planilha compatível com as suas necessidades e metas financeiras, com uma aba para investimentos, por exemplo.

 Independentemente do modelo escolhido, é preciso que você tenha o hábito de registrar nela toda a movimentação do seu dinheiro, além de acompanhar o status das suas finanças semanalmente. 

 Você pode tê-la com você em seu próprio celular, para facilitar este processo. Dessa forma, você descobre quanto ainda pode gastar no mês de acordo com o dinheiro ainda disponível em sua conta.

Aplicativos

Os apps de celular já fazem parte do nosso cotidiano em diversos assuntos e necessidades, e não é diferente quanto o assunto é gestão financeira pessoal,  que hoje pode ser administrada com poucos toques na tela.  

Há diversas opções na internet, basta escolher o app que mais se encaixa em suas necessidades!

Computador apresentando uma planilha de Excel na tela com os gastos e a gestão financeira pessoal de uma pessoa que não aparece na imagem.
Legenda: Planilhas ou aplicativos de celular são ótimas formas de ter visibilidade em sua gestão financeira pessoal. 

A necessidade de se ter metas e objetivos bem estabelecidos

Quando se trata de gestão financeira pessoal, o processo de definir metas financeiras é essencial para conquistar algo — ou seja, desejos, resoluções e finalidades que se pretende adquirir a longo prazo. Elas são diferentes dos objetivos, que são mais abrangentes e servem como degraus para que sejam alcançados. 

Imagine que comprar imóvel ou fazer uma boa reforma na casa é o seu objetivo, o que exige uma boa quantia em dinheiro. Nesse caso, é preciso um tempo longo de acúmulo de capital ou de pagamento para finalizar a compra e esse bem ser efetivamente seu. 

Uma meta para chegar a essa realidade seria acumular determinado valor, em um período predefinido, a fim de dar uma boa entrada no financiamento do imóvel. Outra meta seria juntar uma quantia específica, fora da quitação principal, para abater o financiamento e agilizar a sua compra. 

Entenda que é necessário se planejar e organizar financeiramente tanto para cumprir ambas as metas quanto para chegar ao objetivo maior. Para isso, é importante desenvolver estratégias para o alcance desses propósitos:

  • Gastar menos para sobrar um valor que será direcionado para a compra do bem;
  • Economizar uma parte da renda todo mês;
  • Investir em ativos financeiros que geram rendimentos;
  • Procurar um novo emprego que pague mais ou abrir uma empresa, a fim de que se ganhe mais dinheiro para quitar o imóvel. 

O segredo para o sucesso está em criar metas que sejam realistas e alcançáveis, ou seja, que se encaixem dentro de suas possibilidades financeiras atuais. 

Logo, não adianta ter uma meta com o objetivo de economizar 30% do seu orçamento se você tiver contas necessárias para a sua saúde e subsistência que consomem 80% do seu salário. Você não conseguirá acumular o capital desejado e ainda poderá se frustrar por não atingir a meta planejada. 

Portanto, a dica é ter os pés no chão, isto é, começar guardando 10% e ir aumentando esse número de forma gradual, além de buscar outras formas para complementar a sua renda. 

O controle na hora de comprar

Na hora de colocar a gestão financeira pessoal em prática, você provavelmente pensa em ações para reduzir gastos e definir os objetivos que quer alcançar. Porém, no meio dessa jornada, surge uma oferta difícil de resistir. Aí, você compra algo que não estava planejado e acaba gastando mais do que deveria. 

Essas compras por impulso são comuns. E elas nem são tão ruins assim. De vez em quando, uma novidade no meio do mês pode dar um ânimo a mais. O perigo está em transformar essa atitude em hábito. Afinal, não é fácil arcar com todas as despesas do mês, compras extras planejadas e, ainda, gastos inusitados. 

Por isso, é importante conhecer algumas dicas para eliminar a frequência desses impulsos e poupar dinheiro. Olha só:

Faça uma lista de coisas que você precisa comprar

Priorize aquilo que você realmente precisa. Faça uma lista de compras com esses produtos e  leve-a sempre com você — existem aplicativos próprios para isso, vale pesquisar para não ter de ficar andando com papeizinhos fáceis de perder.  

Dessa forma, você consegue manter o foco durante a ida ao mercado, sem ter recaídas com itens supérfluos. Basta ser persistente.

Siga a regra da espera

Quando se trata de gastos por impulso, em geral, você não precisa do produto naquele momento que o vê na prateleira ou vitrine. Nesse caso, não tem problema nenhum aguardar um tempinho para comprá-lo. Talvez um dia ou até uma semana — examine o período que funciona com você. 

Ao deixar a compra para depois, você terá uma chance para refletir melhor e considerar se vale a pena gastar. Ainda tem a oportunidade de perder todo aquele entusiasmo que sentiu logo que viu a mercadoria na loja e, se isso acontecer, é porque ela nem era tão interessante assim. Há pequenas dicas que você pode colocar em prática para que o seu controle financeiro se torne um hábito.

Evite andar com o cartão de crédito ou muito mais dinheiro do que você pretende gastar

As pessoas compram mais do que deveriam, pois levam dinheiro disponível para fazer isso. Portanto, se você está disposto a não fugir dos seus planos de gestão financeira pessoal, saia de casa apenas com o valor que deseja gastar. 

Está a fim de comprar uma camiseta? Vá à loja somente com a quantia que pretende pagar. Se for com mais, principalmente em dias de oferta, é capaz de sair de lá com o conjunto completo. 

O mesmo vale para ida à feira ou ao mercado. Contudo, nesse caso, às vezes pinta aquela vontade de levar algo diferente para sair da rotina. Por isso, leve um dinheirinho extra, mas, nessa hora, faça escolhas sensatas. Ou seja, avalie os itens que deseja comprar na sua balança mental para escolher o que for melhor para você.

Entenda as suas tentações e separe um valor para elas

Cada um tem um ponto fraco na hora das compras. Pode ser que você goste de produtos eletrônicos. Ou gaste boa parte da sua renda com comidas diferentes. Entender esses interesses é fundamental para saber quando você corre o maior risco de desperdiçar dinheiro. 

Além disso, isso também é importante para descobrir o que você possivelmente tenha que preservar na sua rotina. Afinal de contas, mesmo desejando economizar, eliminar totalmente aquilo que você gosta só porque é dispensável pode não ser muito positivo. Você pode sentir falta e corre o risco de perder o controle depois de um tempo. 

Então, pratique também a tolerância em sua gestão financeira pessoal e seja racional nas suas decisões.

Não vá às compras com pessoas consumistas

Essa dica pode parecer um bocado excêntrica, mas é isso mesmo! Se você tem familiares e amigos que gostam de gastar, ir a uma loja com eles aumentará a sensação de convencimento de que você precisa levar algo que gostou. 

Se você não curte ficar só durante as compras, convide pessoas centradas e que tenham perfil econômico. Certamente, uma boa companhia vai ajudar você a decidir se vale a pena gastar ou não nesses momentos.

Valorize o seu dinheiro

Muitas pessoas gastam dinheiro de modo que não o estimam nem um pouco. É preciso criar apreço pelo valor obtido todo mês, pois ele é resultado de compromisso e dedicação. 

Para o salário (ou outra fonte de renda) chegar na conta, é necessário acordar cedo e enfrentar longas horas de trabalho. Passamos grande parte de nossas vidas trabalhando para que possamos sobreviver, realizar sonhos e ajudar ao próximo. 

Isso torna as nossas finanças pessoais sagradas. Por isso, não hesite em comparar preços, comprar à vista e pedir descontos para fazer valer todo o seu esforço.

Esperamos que este guia sobre gestão financeira pessoal possa ser útil para a criação da sua estratégia econômica. Para isso, coloque as instruções mencionadas em prática, de acordo com a sua realidade. Assim, os seus objetivos financeiros serão atingidos com maior precisão e eficiência. 

Se você gostou deste material, não deixe de conferir mais conteúdos de educação financeira em nosso blog! 

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