São tantos termos financeiros que, na hora em que a gente precisa entender alguns deles, pode ser um pouco difícil saber por onde começar. Pensando nisso, trouxemos este dicionário financeiro para você salvar e manter como seu guia no dia a dia.
Ele reúne os principais termos sobre taxas, impostos e algumas linhas de crédito. Confira, a seguir, nosso glossário para você acessar sempre que precisar!
Por que aprender os termos financeiros?
Falar de economia pode parecer algo distante e complicado da nossa realidade, mas ela está mais ligada ao nosso cotidiano do que se imagina. A economia está diretamente ligada ao nosso bolso!
Entender o significado de alguns termos e como funciona a economia pode facilitar a sua relação com o dinheiro. Esse conhecimento vai te dar mais segurança, inclusive, na hora de negociar um contrato, uma dívida, um empréstimo ou um financiamento.
Por isso, algumas explicações deste dicionário financeiro são muito importantes, afinal, se você está disposto a ter mais familiaridade com finanças e economia, o primeiro passo é entender mais sobre o assunto!
O que é financiamento?
O financiamento é uma linha de crédito para quem quer antecipar a compra de um bem, como um imóvel, um veículo, uma faculdade etc. Há também financiamentos maiores, para compras específicas, como empresas que buscam renovar uma frota de caminhões, por exemplo.
O financiamento costuma envolver uma quantia maior de dinheiro e, por isso, tem um prazo de pagamento mais longo. A compra de um imóvel, por exemplo, é de cerca de 30 anos.
Por se tratar de um crédito de longo prazo, as taxas de juros também são expressivas. Contudo, as prestações podem ser amortizadas, ou seja, é possível adiantá-las para que o saldo devedor e as taxas de juros diminuam.
E qual a diferença entre empréstimo e financiamento?
Essa é uma dúvida bastante comum e, por isso, não poderia deixar de estar em nosso dicionário financeiro!
O empréstimo é uma linha de crédito com menos restrições que o financiamento. De modo geral, o empréstimo é pago direto para quem vai usar o dinheiro e não é preciso justificar de que modo vai gastar o montante.
No financiamento, o valor costuma ir direto da instituição financeira para a empresa que fez a venda, seja uma construtora, um banco ou o antigo proprietário — se for um automóvel ou imóvel usado.
Além disso, a quantia e o prazo de pagamento do empréstimo são menores do que o financiamento.
O que é desaverbação no consignado?
Desaverbar significa anular ou cancelar o que estava acertado. Dessa forma, a desaverbação é feita quando uma pessoa paga todas as parcelas do crédito consignado. Ela também deve ser realizada quando há a portabilidade ou o refinanciamento do consignado.
Um dos procedimentos para fazer esse tipo de empréstimo é a averbação. Ela indica que foi autorizado e liberado o desconto do valor direto do salário ou benefício da pessoa que o contratou.
Logo, a desaverbação é o encerramento desse desconto automático. Ele deve ser interrompido quando:
- O empréstimo é quitado;
- A pessoa pede a portabilidade do consignado para outra instituição financeira. Apesar de parecer uma simples transferência da dívida, na verdade o contrato é encerrado com o banco ou a financeira e é feito um novo com a instituição escolhida. Na portabilidade, ele dá sequência às cobranças e algumas das condições anteriores;
- A pessoa faz o refinanciamento do empréstimo. Isso pode acontecer com quem perdeu emprego e não consegue arcar com as parcelas. Dessa forma, a pessoa pode refinanciar o empréstimo.
O que é embossadora de cartão?
Uma empresa embossadora tem a autorização para emitir cartões com as bandeiras Visa, Mastercard, Elo, entre outras. A embossadora imprime as informações do titular no cartão, como nome e data de validade, além de gravar dados, como a senha, se é débito ou crédito, etc.
Essa pode ser uma palavra incomum em seu dicionário financeiro, mas o termo “embossadora” vem de embossing, do inglês, que significa gravar em alto relevo. A palavra tem relação com os cartões de banco mais antigos, em que os dados também vinham em alto relevo.
O que são investimentos?
Um investimento é colocar dinheiro em algo esperando algum ganho sobre esse valor.
O que vai gerar o retorno de um investimento é a atuação do dinheiro sobre o tempo. Isso é possível através dos juros compostos, em que o valor vai rendendo sobre ele mesmo. É uma rentabilidade contínua.
É possível investir em um negócio, na expectativa de que ele gere resultados e lucros. Também se pode fazer investimentos através de bancos e corretoras de valores, em títulos públicos e privados e ativos.
O que é IOF?
Esse é um dos termos financeiros mais comuns e você já deve ter ouvido falar dele.
IOF é a sigla para Imposto sobre Operações Financeiras. Essa taxa é cobrada sempre que é feita uma transação de valores em situações como:
- Compras internacionais;
- Compras acima do limite com o cartão de crédito;
- Ao entrar no rotativo do cartão;
- Em empréstimos, seguros e financiamentos;
- No cheque especial;
- Ao resgatar alguns investimentos.
A alíquota do IOF é de 6,38% para compras internacionais com cartão. Já a compra de moeda estrangeira em espécie é de 1,1%. Essas duas cobranças serão zeradas até 2029.
Em empréstimo e financiamento de imóvel comercial, o imposto é de 0,38%, além de uma porcentagem diária de 0,0082% até atingir o limite de 3%. Para seguros, a cobrança varia entre 0,38% e 7,38%.
Nos investimentos, o IOF segue uma tabela regressiva e aplicada ao longo de 30 dias após a aplicação. Isso acontece caso o investidor resgate o dinheiro neste período.
O que é bolsa de valores?
Esse é um dos termos mais comuns nos noticiários que lemos ou ouvimos diariamente, mas, afinal, o que é bolsa de valores?
A bolsa de valores é o ambiente onde são feitas negociações financeiras, como compra e venda de ações de empresas, títulos de renda fixa, fundos de investimentos, contratos futuros, entre outros ativos.
A bolsa de valores é uma forma das empresas adquirirem recursos para crescerem. Em troca, elas vendem frações de participação nela, que são as ações.
Os investidores, por sua vez, podem comprar ações e outros investimentos, sempre esperando ter algum ganho nas negociações.
Por ter muitos ativos que oscilam bastante, alguns investimentos na bolsa de valores garantem retorno no longo prazo. Mas, é possível fazer operações de curtíssimo prazo, como o day trade, em que se faz a compra e venda de ativos no mesmo dia, apostando na diferença de preços.
O desempenho médio — ou seja, os ganhos e perdas — do que é negociado nas bolsas de valores no Brasil e ao redor do mundo servem de referência para acompanhar a economia de cada país e de alguns setores específicos.
Diferença entre renda fixa e renda variável
Afinal, qual a diferença entre renda fixa e renda variável? A renda fixa é o tipo de investimento mais seguro e um pouco mais previsível. Por conta disso, sua rentabilidade é mais baixa. Já a renda variável é mais arriscada, mas pode oferecer ganhos maiores.
A renda fixa é formada por títulos públicos e privados, certificados de depósito, letras de crédito, entre outros. São opções que funcionam como se o investidor emprestasse dinheiro para o governo ou empresas e, por isso, ele recebe um retorno.
Já a renda variável envolve ativos e derivados de ativos negociados na bolsa de valores. O investidor pode comprar ações de uma empresa, esperando que elas se valorizem.
Depois, ele pode vender essas ações a um valor mais alto e obter lucro. Além das ações, outros investimentos em renda variável são os fundos de investimentos, contratos no mercado futuro, etc.
O que é taxa prefixada?
A taxa prefixada é aquela em que você já sabe quanto irá pagar de juros em um empréstimo ou financiamento. Da mesma forma, essa taxa também indica quanto você terá de rentabilidade em um investimento.
As parcelas com taxas prefixada são fixas, facilitando o controle financeiro de quem paga uma linha de crédito. No lado dos investimentos, a taxa mostra quanto a pessoa vai ter de rentabilidade e, por isso, é indicada para quem é mais conservador. Um exemplo disso são os títulos do Tesouro Direto prefixados.
O que é taxa Selic?
A taxa Selic é a taxa básica de juros da nossa economia. Ela influencia todas as outras taxas de juros, desde um empréstimo à rentabilidade de um investimento.
Selic é a sigla para Sistema Especial de Liquidação e de Custódia, que é o ambiente onde instituições financeiras fazem empréstimos entre si no mesmo dia, usando os títulos públicos federais como garantia. A média da taxa praticada diariamente nesse tipo de operação representa a Selic.
Mas, essa taxa média que o Banco Central mede se chama “efetiva”, porque é praticada no dia a dia. Já a “Selic meta” é a que conhecemos e que faz parte da estratégia do governo para influenciar a economia.
Quando a Selic sobe, as taxas de juros sobem, contribuindo para a queda da inflação e desestimulando as pessoas a contratarem linhas de crédito. Quando ela cai, o governo quer aquecer a economia, incentivando pessoas e empresas a fazerem empréstimos e financiamentos.
Saiba mais sobre orientação financeira
Orientação financeira serve como um guia para quem busca um rumo de como usar melhor o dinheiro. Um dos grandes desafios de quem já se esforça para economizar nas finanças é poder ir além, realizar objetivos maiores e melhorar a qualidade de vida.
Por isso, retomando o que dissemos no início deste texto, entender como a economia funciona é o caminho para gerenciar melhor o dinheiro e encontrar novas oportunidades.
Quer continuar nessa jornada? Confira nosso conteúdo sobre o que é CDI e entenda como essa taxa pode afetar suas finanças!