Calcular custo de vida é o ponto de partida para quem deseja melhorar sua situação financeira. Ele é a fotografia do seu planejamento mensal e mostra para onde realmente vai o seu dinheiro.
Quando você tem consciência de como usa seus recursos, fica mais fácil “enxugar” gastos desnecessários e focar em metas que realmente importam e que podem ser realizadas.
Neste artigo, você vai saber quais ações tomar com base no seu planejamento mensal para adquirir mais conforto e bem-estar. Tudo isso é possível sem você deixar de lado o seu futuro e o de sua família. Confira!
O que é custo de vida?
O custo de vida é a soma de todos os seus gastos e que são essenciais para viver. Ou seja, ele indica quanto custa viver na cidade onde você mora, com o padrão e estilo que possui.
Além do custo de vida pessoal, que se refere apenas a você, é possível calcular o custo familiar. Ele é a soma dos serviços, bens e atividades importantes a todos.
Vamos detalhar mais adiante quais despesas você deve considerar para este cálculo, mas antes vale explicar a diferença entre o custo de vida e o índice de custo de vida.
O que é índice de custo de vida?
O índice é uma referência de quanto você precisa para morar em um determinado local. Ele é bastante usado para comparar os gastos financeiros entre diferentes regiões, como bairros, cidades e países.
O índice leva em conta uma relação de despesas consideradas essenciais para se viver, como o custo com alimentação, moradia, transporte e outros serviços.
No entanto, uma cidade pode ter gastos financeiros diferentes para quem mora nela, pois depende do padrão de cada um. Dessa forma, o índice é mais usado como um retrato econômico e como referência para quem quer viajar ou se mudar para outro local.
Já o custo de vida é para uso pessoal mesmo, pois o seu consumo será a sua própria referência. É sobre ele que vamos nos aprofundar.
Por que é importante calcular o meu custo de vida?
Um erro comum de quem não está satisfeito com a vida financeira é achar que a solução para o problema está em apenas ganhar mais. Entretanto, existem pessoas que ganham R$ 5 mil, R$ 10 mil, R$ 30 mil por mês e conseguem gastar tudo.
Ou seja, elas também acham que o problema é porque não ganham o suficiente.
Quando olhamos para nosso planejamento mensal, fica mais fácil entender para onde o dinheiro vai. Em muitos casos, o salário vai para compras por impulso, juros, serviços que não são utilizados, bens que são descartados, etc.
Então, o custo de vida é o mapa que mostra onde você está. Ele vai servir, por exemplo, para você saber quanto precisa ter de reserva de emergência, que cobre os seus custos durante alguns meses.
Como calcular meu custo de vida?
Calcular custo de vida é simples, você só precisa somar seus gastos e avaliar quais são realmente necessários e quais podem ser revisados.
Para essa análise trazer ainda mais resultados, sugerimos que você veja também seus ganhos mensais e a relação entre receitas e despesas. Confira o que analisar em cada informação:
Anote todos os seus gastos
Você pode começar anotando no papel ou no bloco de notas no celular. A princípio, descreva todas as suas despesas mensais e, se possível, veja o custo dos últimos três meses para ter uma média dos valores.
Anote também os custos menos recorrentes, a cada seis meses ou um ano. É o caso de impostos, licenciamento do carro, material escolar dos filhos, etc.
Divida as despesas em duas categorias:
Despesas fixas
Os gastos fixos não costumam variar de preço de um mês para o outro. Eles têm um valor previsível e podem ter algum reajuste anual. De modo geral, você já sabe quanto vai pagar no mês.
Alguns exemplos são:
- Mensalidade de escola e academia;
- Seguro do carro;
- Assinatura de streaming;
- Plano de celular (se for controle ou pré-pago);
- Aluguel;
- Condomínio;
- Plano de saúde.
Despesas variáveis
Os gastos variáveis são aqueles em que o valor muda conforme você usa. Dois exemplos clássicos são as contas de água e de luz. Elas têm um valor mínimo de cobrança, mas aumentam à medida em que se usa cada recurso.
Exemplos:
- Água;
- Luz;
- Plano de celular (se for pós-pago);
- Combustível;
- Alimentação;
- Lazer (ida a restaurante, cinema, viagens);
- Manutenção da casa e carro;
- Comprar roupas, sapatos e acessórios;
- Presentes.
Se a fatura do cartão de crédito assusta você, lembre-se que o cartão em si não é uma despesa, mas um meio de pagamento. Portanto, anote cada compra que fez com ele em uma dessas categorias de gastos. Isso vale para cartão pré-pago também.
Quer saber como acompanhar sua fatura? Veja como criar uma planilha para controlar seu cartão de crédito!
Após ter o resultado de todos esses valores, avalie os gastos dos últimos três meses para você ter a média de quanto precisa financeiramente para o seu planejamento mensal.
Identifique entre essenciais e não essenciais
Depois de separar as despesas entre fixas e variáveis, revise cada uma delas e defina aquelas que considera como “essenciais” e “não essenciais”. É aqui que você precisa ser consciente sobre o que de fato utiliza e onde desperdiça dinheiro.
Um exemplo disso é o pacote premium de aplicativos e assinaturas de streaming. Você utiliza bastante? Vale a pena ter todos eles para a sua situação financeira de hoje?
Anote todos os seus ganhos
Da mesma forma que fez com as despesas, agora é a hora de anotar todos os seus ganhos. Considere bonificações, rendimentos, benefícios, etc. Lembre-se que os ganhos devem ser líquidos, que é o valor que realmente cai na sua conta.
Se você estiver fazendo o levantamento do custo de vida da sua família, considere o ganho de todos.
O custo de vida é maior ou menor do que seus ganhos?
Com os dados acima, fica mais claro de entender se o seu custo de vida está caro ou barato em relação ao que recebe.
Se você precisa do cartão de crédito para garantir as compras do mês ou usa o cheque especial com frequência, talvez você esteja gastando mais do que pode pagar por mês.
Qual o custo de vida ideal para mim?
O ideal é viver um padrão mais abaixo do que a sua renda permite. Pode parecer estranho, mas é uma forma de conseguir manter os custos essenciais e ter dinheiro a mais para fazer planos.
Nos tópicos seguintes, vamos dar mais dicas sobre como diminuir o custo de vida. Agora que você já sabe como ele é calculado, é hora de saber como se planejar mês a mês.
Como fazer um planejamento mensal?
Os primeiros passos para montar um planejamento mensal já foram feitos anteriormente, quando você aprendeu a calcular custo de vida e identificou a média de ganhos por mês. As outras dicas são:
Defina metas
Qual será seu objetivo para o mês que vem? Cortar as despesas não essenciais e diminuir o consumo de outras? Vai guardar dinheiro para algum objetivo?
Para que o planejamento mensal seja saudável, ele não pode ter apenas a meta de corte de gastos. Se você está economizando, vai fazer o quê com o dinheiro a mais?
Dê pelo menos um objetivo para cada mês, até que tenha o valor suficiente para realizá-lo. Você pode ter planos para menos de um ano, para cerca de três anos e outros acima de dez anos.
Monte uma planilha de gastos
Faça o seu planejamento mensal em uma planilha e tenha uma visão melhor de seu custo de vida. Você consegue encontrar planilhas prontas para montar seu planejamento mensal ou criar uma do zero. Separe os gastos por categoria e divida por mês para acompanhar.
Anote os gastos fixos e deixe os que são variáveis para preencher à medida que chegarem. Inclua também o valor que deseja reservar para um objetivo, como uma viagem ou um investimento de longo prazo, como a aposentadoria.
Use a regra 50/30/20
Esta é uma outra sugestão de como você pode dividir seu dinheiro todo mês. Nela, 50% dos ganhos devem ir para despesas essenciais, 30% para custos não essenciais e objetivos de curto prazo e 20% para pagar dívidas pendentes ou investir para o futuro, como na aposentadoria.
Seguindo essa regra, não existe mais aquela ideia de deixar para poupar e investir quando sobrar dinheiro. Essa reserva já vai ser automática.
Dê recompensas pelo progresso
Uma família que se une para economizar e juntar dinheiro para um objetivo em comum merece uma premiação, concorda?
A cada três ou seis meses que baterem algumas metas, principalmente de cortar gastos e investir, é possível ter recompensas com custos moderados, como um restaurante que todos gostam, uma pequena viagem, etc. Isso estimula para que todos se envolvam em projetos futuros.
Como diminuir o meu custo de vida?
Agora que você entendeu como criar seu planejamento mensal, preparamos algumas dicas de como economizar e diminuir seus custos financeiros. Confira:
Revise os gastos constantemente
Já falamos antes sobre sinalizar as despesas não essenciais para cortá-las ou diminuir o valor mensal delas. Fique de olhos em novos gastos que vão surgir e que vão levar o dinheiro embora sem necessidade.
Negocie dívidas
Negociar as dívidas é o ponto de partida para viver e fazer planos futuros com tranquilidade. Anote todas as dívidas pendentes e veja no planejamento quanto consegue pagar por mês. Depois, é só partir para a negociação e focar em quitar as dívidas.
Saiba como negociar sua dívida na Juros Baixos!
Troque pelo mais barato
Alguns serviços e marcas de produtos podem ter um preço melhor se for de outra empresa. Em muitos casos, a qualidade pode ser a mesma. Avalie o que é mais importante e como encontrar um caminho do meio pelo melhor custo-benefício.
Outra maneira de diminuir o custo de vida é pedir descontos, fazer compras por atacado, procurar promoções que valem a pena e avaliar a melhor forma de pagar evitando os juros.
Crie a reserva de emergência
Essa reserva vai servir para pagar as despesas quando os ganhos diminuírem. Tenha pelo menos seis meses do seu custo de vida guardado para imprevistos. Esse valor pode ficar aplicado em um investimento em renda fixa, como o Tesouro Direto ou o Certificado de Depósito Bancário (CDB).
Ter a reserva evita que você use o cartão e corra o risco de entrar para o crédito rotativo, ou mesmo usar o limite do cheque especial. Ambos têm juros muito altos.
Aumente sua renda
Mesmo cortando todos os gastos, os seus custos mensais podem continuar altos, especialmente para quem mora em grandes cidades. Veja opções de ter uma renda extra ou conseguir um aumento no trabalho, por exemplo.
Traga os objetivos para o dia a dia
Vocês querem fazer uma viagem em família, mas não falam sobre ela? Uma forma de estimular e até acelerar a economia dos gastos é planejar os objetivos futuros.
Traga para o dia a dia, para que todos se inspirem. Além disso, planejar metas com antecedência é a saída para encontrar os melhores preços e usar bem o dinheiro.
Ficou mais fácil de entender a importância de saber seu custo de vida e acompanhar seu planejamento mensal? Aproveite e confira outras dicas de orientação financeira no nosso blog BV Inspira!
Redação Juros Baixos. Plataforma de bem-estar financeiro composta por duas frentes de negócio: um marketplace de produtos financeiros e uma plataforma de educação financeira focada no planejamento financeiro.