O cheque especial é um valor oferecido em conta-corrente pelo banco para seu cliente. A quantia varia de acordo com limite de crédito disponível para o consumidor de acordo com seu perfil de crédito, entre outros fatores. Ele é a alternativa usada por muitos brasileiros como forma de complementação de renda ou para despesas não essenciais, como viagens e atividades de lazer.
Desde janeiro de 2020, segundo resolução do Banco Central, os bancos podem oferecer essa modalidade com juros de até 8% ao mês. Ainda assim, junto do rotativo do cartão de crédito, é uma das opções de crédito mais caras do mercado.
Apesar de parecer uma boa opção para quando falta dinheiro no final do mês, pode ser uma armadilha para as finanças pessoais. É importante que ele só seja usado quando for muito necessário e com um planejamento para pagá-lo em dia.
Neste post, confira 6 cuidados que você deve ter com o cheque especial e entenda a importância de ter controle financeiro pessoal para não ter dor de cabeça no futuro!
1. Use somente em emergências
O cheque especial, como o próprio nome indica, deve ser usado somente em emergências. Ou seja, para manter a vida financeira em dia, é importante não contar com o valor disponível na conta-corrente para gastos comuns do mês, como pagar aluguel, fazer mercado e atividades de lazer.
Mesmo com a redução dos juros determinada pelo Banco Central, o cheque especial ainda é uma das modalidades mais caras do mercado, com juros que podem chegar a 150% ao ano.
Nesse sentido, quem torna o uso do cheque especial um hábito pode ver sua dívida dobrar em 12 meses, virando uma bola de neve impossível de ser paga.
2. Faça o cálculo de juros e IOF
Outro cuidado indispensável quando o assunto é cheque especial é saber quais são os juros e o IOF cobrados pelo banco na modalidade. Em geral, os juros do empréstimo pessoal costumam ser bem mais competitivos.
De acordo com o Procon/SP, em março de 2020, a taxa média de empréstimo pessoal dos bancos foi de 6,05% a.m., enquanto a do cheque especial chegou a 7,96%a.m., o que mostra que a modalidade ainda cobra juros maiores do que outras opções de crédito.
Outro ponto que deve ser considerado é que, desde janeiro de 2020, o Banco Central autorizou que bancos cobrem até 0,25% ao mês apenas por oferecer o cheque especial, no caso de clientes que contem com limite acima de R$500,00.
Caso um correntista tenha um limite de R$800,00 sem usar, a instituição financeira pode cobrar dele 0,25% por mês de R$300,00, que é o valor excedente dos R$500,00, em que não há cobrança de tarifa. Caso haja a utilização do cheque especial, os juros são limitados a 8% ao mês.
A regra vale desde janeiro de 2020 para novos contratos e, para clientes com cheque especial já disponível, começará a valer a partir do primeiro dia de junho de 2020.
3. Atente para o período sem juros
Precisou usar o cheque especial para uma emergência? Então, tenha atenção ao período sem juros. Há alguns bancos que oferecem até 10 dias no cheque especial sem cobrar juros. Em outros, no dia seguinte ao uso já são cobrados juros em cima da quantia utilizada.
Por isso, é essencial ter atenção ao dia em que entrou no cheque especial e buscar pagar o que deve na modalidade o mais rápido possível.
4. Programe-se para pagar na data certa
Outro cuidado essencial no uso do cheque especial é se programar para pagar na data certa, caso tenha usado todo o valor ou, até mesmo, parte dele.
É importante cuidar desse ponto porque, caso você não tenha na conta o valor total a ser debitado pela instituição financeira, os juros crescem e, ainda, são somados ao valor da multa por atraso.
Por isso, tenha em mente que, se for necessário usar o limite do seu cheque especial, é importante atentar para a data de vencimento, para não atrasar o seu pagamento.
5. Não comprometa toda sua renda
Ao usar o cheque especial, é importante ter o cuidado de não comprometer toda a sua renda. Por conta dos juros e de outras taxas cobradas na modalidade, é fácil perder o controle e usar todo o salário apenas para pagar o cheque especial.
Sem dinheiro, será necessário recorrer novamente à modalidade e, com isso, pagar juros ainda mais altos. Caso tenha uma emergência e precise usar o cheque especial, pague o valor que pegou o mais rápido possível e de forma alguma comprometa mais de 25% da sua renda com a modalidade.
6. Considere outras alternativas de crédito
Agora que você já sabe que o cheque especial cobra um dos juros mais altos do mercado, saiba que pode e deve considerar outras alternativas de crédito, se tiver uma emergência ou precisar de dinheiro para algum outro fim.
Crédito consignado, crédito pessoal e com garantia de imóvel, por exemplo, são opções que cobram juros menores do que o cheque especial. Pesquise e busque alternativas adequadas ao seu perfil e possibilidades! O cheque especial deve ser evitado a qualquer custo por quem quer manter a vida financeira em dia.
Ele pode parecer à primeira vista uma modalidade interessante. Afinal, está disponível na conta-corrente e não exige uma análise de empréstimo pessoal. No entanto, continua sendo uma das modalidades mais caras do mercado e deve ser reservado apenas para casos de emergência.
Para não correr o risco de ter problemas com os juros, é essencial cortar gastos, economizar e investir em controle financeiro pessoal. Em caso de necessidade, como a perda de um emprego ou gastos inesperados, dê preferência para outros tipos de crédito com juros mais atraentes.
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