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Publicado em

22/11/21 09:00

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Equipe BV Inspira

Metodologia ágil: por que você deve investir nela?

O consumidor da atualidade está cada vez mais exigente. Sempre conectado, ele encontra soluções em segundos, assim como espera que elas tenham uma alta qualidade e venham embutidas com bastante valor agregado.

De modo a acompanhar essa movimentação, as empresas precisaram buscar por diferentes formas de otimizar e padronizar seus processos. Entre elas, está a metodologia ágil — ou Agile.

Quando é bem aplicado, esse conjunto de práticas traz excelentes resultados, em especial para as companhias que sabem usar a tecnologia ao seu favor, permitindo que as equipes desenvolvam soluções dinâmicas e criativas. Como resultado, a tendência é conquistar uma maior fluidez nos processos, o aumento da produtividade e a alavancagem dos resultados.

Acompanhe nosso artigo e saiba mais sobre o que essa metodologia pode fazer por seu negócio.

O que é a metodologia ágil?

Há alguns anos, não parecia haver problema em esperar dias para que um produto comprado online chegasse à casa do cliente. Afinal, ele estava certo do que desejava e se dispunha a aguardar. Porém, com o tempo, o comportamento do consumidor passou a se alterar rapidamente — muitas vezes, em questão de dias.

Então, esperar pelo produto passou a ser inviável. Afinal, algo comprado hoje podia perder a serventia em poucas semanas, antes mesmo de chegar, em função de algo novo que surgiu no mercado. Para solucionar esse problema, as organizações passaram a implementar inovações, em busca de tornar seus processos cada vez mais ágeis.

Com o tempo, os passos tomados foram documentados no chamado Manifesto Ágil, em que o Agile se baseia. Em comparação com as metodologias tradicionais, a ágil tende a ser mais eficiente. Isso porque foca a precisão, entregando o produto ao consumidor com alto valor agregado e em pouco tempo.

Nela, o item é criado por uma equipe multifuncional, geralmente autogerida e aberta a feedbacks constantes. Desse modo, implementa alterações nos processos produtivos sempre que necessário, gerando um ciclo repleto de melhorias contínuas e que são implementadas antes da entrega.

Como surgiu o Agile?

A metodologia ágil surgiu entre o final dos anos 90 e o começo do milênio. Ela se voltava, inicialmente, à área de Tecnologia da Informação (TI) e ao desenvolvimento de softwares. Porém, atualmente, ganhou o mercado, sendo amplamente aplicada nos mais diversos setores, em especial nos segmentos de serviços, comunicação, marketing e conhecimento. Por sua amplitude, é possível encontrar, até mesmo, aplicações de metodologias ágeis no RH.

Em resumo, ser ágil é atender às necessidades do público de forma rápida, eficiente e versátil. Dessa maneira, a equipe envolvida no projeto precisa estar preparada para usar a criatividade e apostar em comportamentos dinâmicos, que acompanham as mudanças dos clientes e mercados.

Como a metodologia ágil funciona?

Em linhas gerais, o Agile divide ciclos de entregas longos em tarefas menores. Elas são conhecidos como iterações ou sprints. Ao fazer isso, e coletando feedbacks que visam melhorar a operação a cada pequeno ciclo, é possível reduzir o tempo de entrega, bem como as falhas e retrabalhos. No fim, a expectativa é que o produto que chega ao consumidor atenda idealmente às suas expectativas e necessidades; de preferência, até mesmo superando-as.

A metodologia ágil é ampla. Inclusive, hoje, a expressão se tornou um termo guarda-chuva, que aborda diferentes processos de gerenciamento, planejamento, métodos e frameworks. Assim, se um processo, software ou sistema contar com a cadência necessária para oferecer operações iterativas, será considerado parte da metodologia ágil. Alguns exemplos incluem os frameworks Scrum, Kanban e XP (eXtreme Programming).

Além disso, a metodologia ágil inclui algumas práticas técnicas, como a Integração Contínua e a Automação de Testes. Elas se relacionam diretamente ao termo DevOps, um conjunto de ideias cuja sigla combina as palavras “desenvolvimento" e "operações". Ele usa colaboração, segurança e análise de dados para entregar resultados ao mercado.

Sendo assim, o Agile se firma como uma espécie de gerenciamento de projetos, reunindo características multidisciplinares e que permitem expandir, quase organicamente, a produtividade e o desempenho da equipe ao levar soluções ao público.

Como é o Manifesto Ágil?

Apesar de ser ampla, a metodologia ágil se baseia no Manifesto Ágil, um documento criado no início de 2001 por um grupo de 17 desenvolvedores. Ele foi assinado na cidade de Utah, nos Estados Unidos. Nele, é possível encontrar 4 fundamentos. São eles:

  • responder ativamente às transformações percebidas no mercado;
  • posicionar interações e indivíduos acima de ferramentas e processos;
  • colaborar com os clientes, em vez de meramente seguir contratos;
  • priorizar o uso de softwares em vez de documentações abrangentes.
  • Esses fundamentos clarificam a intenção dos desenvolvedores de verticalizar o desenvolvimento de softwares, desburocratizando-o. Assim, visavam reduzir a formalização excessiva dos projetos, que costumava atrapalhar os resultados obtidos. No fim, o grupo reconhece que ferramentas, documentos, processos, planos e contratos são importantes. Porém, são úteis desde que alinhados aos princípios ágeis, que levam acessibilidade à gestão de projetos.

Quais são os princípios do Agile?

Além dos 4 fundamentos, existem 12 princípios. Eles pretendem otimizar o trabalho das equipes e incluem:

  1. priorizar a colaboração no dia a dia;
  2. centralizar a satisfação do cliente (customer centric), entregando valor, rápida e continuamente;
  3. aprimorar a agilidade por meio da atenção frequente às excelências técnica e de design;
  4. acatar e solucionar quaisquer mudanças trazidas em feedbacks — em qualquer fase do processo;
  5. entender que o produto final corresponde à medida do êxito. Isto é, ao sucesso do software ou serviço, na prática;
  6. realizar entregas no menor tempo possível e com alta frequência;
  7. equipar o time com o necessário para trabalhar com agilidade e qualidade;
  8. prezar por um ritmo constante de trabalho, buscando sempre por um desenvolvimento sustentável;
  9. apostar em simplicidade em todo o processo;
  10. estimular a comunicação frequente, inclusive durante reuniões presenciais, o que pede uma atenção especial às mudanças no papel da liderança;
  11. eliminar atividades desnecessárias e que não aumentem o valor agregado do produto;
  12. investir em reflexões constantes sobre a melhoria da eficiência dos processos.


Se forem aplicados corretamente, esses princípios tendem a beneficiar todos os envolvidos no projeto, tanto o cliente quanto os funcionários. Além disso, reduzem custos e oferecem entregas programadas aos consumidores, sempre respeitando os prazos.

O que muda entre a metodologia clássica e a ágil?

A maior diferença vista em um processo tradicional, em relação ao Agile, é a rigidez das operações. É comum se deparar com atividades mais controladas em algumas empresas, tanto em prazos quanto em planejamento estratégico. Na metodologia ágil, há mais versatilidade e flexibilidade. Afinal, o foco é a entrega de um alto valor ao cliente, independentemente de como o processo será feito.

Apesar de a metodologia ágil trabalhar com prazos, que são as iterações e os sprints, a equipe tem liberdade para usar a criatividade na hora de produzir e adaptar o produto às demandas do cliente. Inclusive, o cliente pode participar do processo, se assim desejar. Por outro lado, as metodologias clássicas priorizam a entrega final do item, demandando menos atenção por parte do comprador.

Além disso, ser ágil significa priorizar a qualidade, em vez de aspectos básicos da metodologia clássica, como documentações, planejamentos e acordos. Nesse momento, é interessante reforçar que essas etapas não são excluídas: elas apenas não estão no centro da operação.

Desse modo, pode-se dizer que o Agile se distancia de formalidades e da rigidez que, segundo os desenvolvedores do Manifesto, tornam os processos mais lentos e menos satisfatórios. Enquanto isso, o tradicionalismo se baseia em moldes um pouco inflexíveis na hora de produzir.

Ainda que não haja, necessariamente, uma metodologia certa ou errada, o tradicional está sendo revisto constantemente com os avanços da transformação digital.

Quais são as vantagens de investir em metodologias ágeis?

A demanda por profissionais que saibam aplicar o Agile só cresce. Inclusive, o Fórum Econômico Mundial publicou o relatório Jobs of Tomorrow. Foi possível perceber o destaque da cultura ágil em todos os mais de 90 cargos citados. Antenadas à tendência, as empresas que adotaram a metodologia ágil já perceberam grandes benefícios em seus processos. Confira alguns deles.

Fáceis de aplicar

Por exigir menos burocracias e permitir que os funcionários trabalhem com versatilidade, o Agile simplifica os processos. Isso faz com que seja mais simples aplicá-lo no escritório, dispensando grandes preparações e treinamentos. O foco é contar com entregas mais eficientes e rápidas desde o início. Então, não faz sentido gastar longos períodos com a capacitação, certo? É possível, até mesmo, investir em treinamentos a distância.

Estímulo da colaboração

Uma boa comunicação entre os talentos da empresa tende a gerar excelentes resultados. Ela minimiza ruídos, mal-entendidos, falhas e retrabalhos. A metodologia ágil estimula esse tipo de comportamento, pois exige que a equipe atue de modo colaborativo. Com o tempo, os laços entre os funcionários se estreitarão, impactando o clima organizacional. Isso torna o ambiente de trabalho mais agradável e produtivo.

Aumento da transparência

Processos pouco claros nas diferentes etapas da produção podem confundir os colaboradores. Afinal, se não souberem exatamente qual operação antecede ou sucede cada ação, eles podem entregar resultados desalinhados com o restante do time. Com o Agile, a transparência é fundamental. Assim, todos conhecem os passos envolvidos na entrega, o que facilita a operação.

Maior satisfação do cliente

O envolvimento do comprador, que deixa seus feedbacks com os talentos a cada fim de iteração ou sprint, o aproxima do projeto. Dessa maneira, as chances de entregar algo desalinhado à demanda do consumidor, gerando insatisfação, diminuem. Em consequência, os resultados da empresa melhoram.

Foco na experiência do cliente

Com flexibilidade, retornos enriquecedores por parte dos clientes, boa comunicação e etapas versáteis, não é difícil entender o porquê de a equipe trabalhar com desempenho otimizado, certo? Como resultado, as soluções são entregues ao cliente embutidas de um alto valor, o que aprimora a experiência do usuário.

Quais são os principais exemplos de metodologias ágeis?

Existem diversas aplicações do Agile. Contudo, três são bastante conhecidas e podem ajudar na compreensão prática dessa metodologia. Acompanhe.

Kanban

Esse termo vem do Japão e significa cartão, sinalização. Para entendê-lo, pense nos post-its, mas no formato digital. O Kanban é usado na verificação dos status de um fluxo ou processo. No seu modelo mais simples, conta com três colunas: Pedido, Em progresso e Concluído. Contudo, ao considerar a versatilidade da metodologia ágil, ele pode ser adaptado conforme a operação em questão.

Scrum

Outro modelo de metodologia ágil comumente visto é o Scrum, que segmenta a operação em ciclos. É dessa metodologia que vem o termo “sprint”, sendo o intervalo em que determinadas tarefas devem ser realizados. Em geral, cada sprint dura 4 semanas, mas isso pode sofrer adaptações.

Lean

Por fim, a metodologia Lean também se relaciona ao Agile. Porém, ela surgiu antes, mais especificamente do Japão do pós-guerra. Seu foco era aumentar a produtividade do mercado automotivo. Hoje, ela busca enxugar os processos produtivos, evitando priorizar atividades desnecessárias e direcionando a equipe a fazer somente o essencial, otimizando as entregas.

Como implementar o Agile?

Por fim, após saber tudo sobre a metodologia ágil, é hora de aproveitá-la, na prática. Para tal, comece apresentando o Manifesto à equipe. É interessante que todos entendam o que significa essa metodologia e como ela impacta os processos. Por isso, é recomendado fazer do Agile a cultura empresarial. Assim, os colaboradores serão direcionados pelos valores ágeis no dia a dia — em vez de apenas aplicar seus princípios esporadicamente.

Após dar início aos primeiros ciclos ágeis, é preciso aprender com os próprios erros. Afinal, o time precisará de um tempo para deixar o pensamento tradicional de lado e se integrar. Porém, após alguns meses, já será possível observar avanços.

Por fim, o mais importante é coletar feedbacks, tanto do cliente quanto dos talentos. O primeiro passará a participar das operações, o que também demandará um tempo de adaptação. Já o segundo poderá usar uma das maiores armas do Agile — que é a comunicação — para sinalizar o que precisa ser adaptado e encontrar o equilíbrio com o resto da equipe.

A metodologia ágil veio para ficar. Ela é fruto das mudanças trazidas pela transformação digital, acompanha o comportamento do consumidor e aumenta a produtividade dos colaboradores. Portanto, as empresas só têm a ganhar com sua implementação — respeitando o tempo de cada membro envolvido e investindo na comunicação como centro das operações. Portanto, aproveite os benefícios do Agile.

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