A transformação digital está modificando por completo a sociedade. Afinal, quem imaginaria, vinte anos atrás, que seria melhor sair de casa e esquecer a carteira do que o celular? As mudanças, portanto, acontecem de forma contínua e alteram setores, exatamente o que está acontecendo com as disrupções do mercado financeiro.
Seja com uma simples mudança de mentalidade nas instituições financeiras, passando a oferecer financiamento de energia solar, seja com o uso da tecnologia para criar um banco digital e garantir maior praticidade ao cliente final. A realidade é que as disrupções são cada vez mais comuns e afetam diretamente a experiência do consumidor dentro do mercado financeiro.
Mas, na prática, você sabe o que são essas disrupções no mercado financeiro, como elas acontecem e qual é a importância desses processos, especialmente para o consumidor final? Se a resposta não for positiva para essas perguntas, continue a leitura deste artigo para tirar todas as suas dúvidas e entender como esse é um cenário em expansão.
O que é disrupção?
Alguns sinônimos de disrupção sintetizam com precisão o seu conceito: quebra, rompimento e descontinuação são os mais importantes. Disrupção é, portanto, uma mudança significativa em um processo, empresa ou mesmo mercado.
O termo começou a ser utilizado por Clayton Christensen, professor de administração em Harvard, que concentrava seus estudos em inovações nos mercados.
O conceito surgiu em 1997, quando lançou o livro “O Dilema da Inovação”, em que fala sobre como as empresas podem fazer tudo certo e, de repente, perderem o seu domínio no mercado com o surgimento de novos — e inesperados — concorrentes.
A disrupção se trata do processo de rompimento de padrões de um mercado. Imagine que uma empresa dominava uma área por décadas, mas o uso de uma nova tecnologia ofereceu mais facilidade para os clientes, que passaram a utilizar esse serviço em maior quantidade. Dessa forma, um domínio foi desfeito com o surgimento de concorrentes inesperados.
Um exemplo clássico de disrupção no Brasil foi a chegada do Uber no setor de transportes particulares. Por décadas, o serviço de táxis dominava o transporte privado de passageiros. O serviço, porém, já não era tão eficiente, especialmente com o comodismo decorrente do domínio no setor. Um concorrente inesperado, que nem mesmo existia, chegou e rompeu com o padrão daquele mercado.
Quais são os principais elementos das disrupções?
Alguns elementos se destacam quando o assunto é disrupção. O primeiro deles envolve a necessidade e a demanda do mercado, que geralmente não são atendidas por quem já está atuando naquele mercado, como o exemplo do táxi e Uber. Em seguida, uma ideia, que pode ser potencializada pela tecnologia, a qual altera todo o funcionamento daquele segmento, surgindo de forma inesperada.
Mas vamos levar esse exemplo ao mercado financeiro. Com o crescente uso de smartphones e dispositivos móveis, os consumidores demandam por uma experiência mais rápida e simples para cuidarem dos seus recursos, certo? Por que esperar um final de semana inteiro para que o dinheiro saia de uma conta para outra? Esse era o fluxo com o uso de métodos de pagamento como TED e DOC.
Quantas vezes uma transferência não foi feita na hora e o pagamento precisou ser agendado para o próximo dia útil porque a transação foi feita após o horário comercial? A partir desse cenário de insatisfação do consumidor, um exemplo de inovação que pode ser vista como disruptiva, guardadas as devidas proporções, é o Pix. Agora é possível transferir e receber dinheiro em questão de segundos, sem taxas e sem limitações de funcionamento.
Outro exemplo de disrupção no mercado financeiro é o conceito de Open Finance. O Open Finance tornou o contato e a comunicação entre as instituições financeiras mais eficientes. Além disso, com essa inovação, você pode compartilhar seus dados financeiros de forma segura, com quem quiser e pelo tempo que escolher. .
O Open Finance também abre caminho para uma série de novas disrupções do mercado financeiro. Com ele, é possível abrir o mercado para que novos players passem a integrar o setor.
Ao final, quem ganha é o consumidor, que vai ter acesso a uma variedade de produtos e soluções por preços mais competitivos. Ou seja, a base do sistema financeiro brasileiro é totalmente impactada, criando um mercado mais atrativo para todos.
Qual é a importância das disrupções do mercado financeiro?
Mas por que as disrupções financeiras são tão importantes para o mercado como um todo? O primeiro deles é o aumento da concorrência no setor. As opções de prestadores de serviços financeiros aumentam. Veja o exemplo das fintechs, que conseguiram revolucionar o mercado e fazer com que grandes players do setor adaptem o seu modelo de negócio para seguir competindo em alto nível.
A concorrência, consequentemente, vai proporcionar uma oferta ampla e melhor aos consumidores. Afinal, o domínio não é mais tão significativo e, de uma hora para outra, pode deixar de existir. Mesmo os líderes do setor precisam se reinventar para continuar oferecendo uma experiência positiva e qualificada aos clientes.
As vantagens aos usuários são os principais ganhos, que passam a ter voz, produtos e serviços de maior qualidade e condições de contrato atrativas. E, ao achar que outra instituição oferece um serviço melhor, também existe a liberdade para fazer a migração. Além disso, a disrupção contribui para a criação de um segmento ainda mais seguro e confiável para todos os participantes.
As disrupções do mercado financeiro são cada vez mais frequentes e impactantes no setor. Novos conceitos, novas experiências, diferentes recursos e melhores condições e ofertas aos clientes são alguns exemplos disso. As mudanças são, portanto, muito importantes para estimular a evolução no segmento e garantir que os consumidores ganhem com serviços e produtos mais completos e personalizados.
Agora que você já sabe quais são as disrupções do mercado financeiro e como elas impactam o dia a dia dos consumidores, mantenha-se atualizado sobre as novidades do setor em nosso blog e através das nossas redes — Facebook, Instagram, LinkedIn, Twitter, YouTube e Spotify!