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Publicado em

08/03/24 09:00

por

Equipe BV Inspira

Lei 14.300 energia solar: confira tudo o que precisa!

A energia solar, impulsionada por avanços tecnológicos e preocupações ambientais, tornou-se destaque na geração de energia global. Recentemente, a Lei 14.300 Energia Solar entrou em vigor, trazendo consigo transformações significativas para o setor de geração distribuída de energia.

A geração de energia solar, apesar de ser relativamente nova, tem evoluído rapidamente nas últimas décadas. E esta regulamentação é o começo das adaptações que serão efetuadas para alinhar a legislação com a crescente demanda desse setor, que fica cada vez mais complexo pela quantidade de empresas e famílias que aderiram a essa nova modalidade.

Diante desse cenário em constante evolução, é fundamental entender essas alterações implementadas pela Lei 14.300 Energia Solar e avaliar como elas impactam aqueles que optam por gerar sua própria energia a partir do sol.

Nesse conteúdo, vamos discutir todas as informações essenciais desta lei e entender se, mesmo com a taxação do sol, a energia solar ainda é uma escolha vantajosa. Acompanhe a leitura!

O que é a Lei 14.300 Energia Solar?

A Lei 14.300 Energia Solar, também conhecida como Marco Legal da Micro e Minigeração de Energia, é um fruto do Projeto de Lei 5.829/2019. Essa legislação, que pode até ser conhecida por "taxação do sol", trouxe mudanças significativas para as regras da geração de energia solar no Brasil.

O principal objetivo da Lei 14.300 de energia solar é estabelecer regras e parâmetros claros para a micro e minigeração distribuída de energia, permitindo que os consumidores gerem a própria eletricidade a partir de fontes renováveis, de acordo com as normas estabelecidas pelo Governo Federal.

A mudança passou a ser válida a partir de 7 de janeiro de 2023, ou seja, quem realizou a instalação de sistemas de energia solar até antes da data prevista, foi isento da cobrança de taxas até 2045. A partir dessa data, quem instalou esses sistemas de energia está sujeito a taxação.

O que mudou com essa lei da taxação do sol?

Antes da Lei 14.300 Energia Solar, a geração distribuída de energia solar, ou geração de energia próxima da fonte de consumo, era isenta de cobranças relacionadas ao Fio A e Fio B. As tarifas Fio A e Fio B estão respectivamente relacionadas aos custos de manutenção e operação das linhas de transmissão e aos custos pelo uso das estruturas dessas linhas.

Desde janeiro de 2023, os micro e minigeradores passam a pagar pelo Fio B, que repassa para as distribuidoras, e assim, os créditos energéticos não serão mais abatidos da conta de energia.

Para os produtores de geração distribuída, haverá isenção da taxa de disponibilidade, isto é, do custo para levar energia até a propriedade do consumidor.

Sendo assim, aqueles que optaram pela instalação de painéis fotovoltaicos na categoria de minigeradores (geram até 75 kW de energia) e microgeradores (geram entre 75 kW e 10 MW), após a implementação da lei, ficam sujeitos à taxação.

Em casos de venda da propriedade com painéis fotovoltaicos após a data de 6 de janeiro de 2023, o novo proprietário permanece com o benefício de isenção de taxas.

Além disso, a taxação do Sol viabiliza a transferência de créditos acumulados para outras propriedades caso pertençam ao mesmo proprietário e estejam na área de cobertura da concessionária.

Sobretudo, é importante conhecer todas as mudanças e regulamentações disponíveis para a Lei 14.300 Energia Solar e tudo isso está disponível no site oficial do Governo.

Como será a taxação da energia solar?

Muitas pessoas debatem e discutem de forma intensa a taxação da energia solar. A partir disso, faz-se necessário entender qual o racional por trás dessa taxação.

A taxação da energia solar está sendo implementada em fases. Essa abordagem tem o objetivo de garantir uma transição mais tranquila para os consumidores e empresas que adotam a geração distribuída de energia e estão satisfeitos com os seus resultados.

Quando falamos em taxação da energia solar, estamos nos referindo principalmente ao pagamento de uma taxa referente aos custos de distribuição da mini e microgeração de energia solar, ou seja, para aquelas que produzem a própria energia solar.

Com ela, a cobrança incide sobre o Fio B, isto é, sobre a utilização dos fios das linhas de transmissão de energia para a propriedade e não sobre a energia em si.

Abaixo, vamos conhecer um pouco mais sobre como estão funcionando as fases de taxação do sol que já foram implementadas.

Fases da taxação do sol

Homem com expressão concentrada anotando em um caderno e com o computador ligado.
Legenda:  Fique atento às fases de implementação da taxação da Lei 14.300 Energia Solar para saber em qual grupo você se encaixa!

A taxa de energia solar, também conhecida como taxa de disponibilidade, está sendo aplicada gradualmente aos sistemas de energia solar residencial instalados a partir de janeiro de 2023 até atingir 100% em 2029. Neste caso, vão existir dois grupos de transição da taxação.

Para o primeiro grupo, que fez adesão até 7 de julho de 2023, a taxação funcionará da seguinte forma:

  • 15% a partir de 2023;
  • 30% a partir de 2024;
  • 45% a partir de 2025;
  • 60% a partir de 2026;
  • 75% a partir de 2027;
  • 90% a partir de 2028.

Para o segundo grupo, que fez adesão após 7 de julho de 2023, haverá início direto com a taxa de 30%, em 2024, e um aumento gradativo nos anos subsequentes de acordo com os aumentos aplicados no primeiro grupo.

Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) terá a responsabilidade de estabelecer novas medidas tarifárias a partir de 2029. Com isso, será possível ter uma abordagem que visa equilibrar a necessidade dos custos envolvidos na infraestrutura de distribuição da energia solar, além de garantir a proteção dos interesses dos consumidores.

Com a Lei 14.300 Energia Solar, é possível que surjam dúvidas sobre se vale ou não a pena fazer a mudança para esse tipo de geração de energia. Confira a resposta no tópico abaixo!

Ainda vale a pena instalar energia solar após a Lei 14.300?

A verdade é que ainda é possível tirar proveito dos benefícios da energia solar, mesmo depois das novas regras definidas e taxações na geração própria de energia por meio do sol.

A instalação de sistemas de energia solar continua sendo uma opção atrativa e economicamente viável para muitos consumidores. Além dos benefícios ambientais, a economia na conta de energia ainda é expressiva, ultrapassando os 90% em alguns cenários.

Sendo assim, é possível que, em muitos casos, o retorno sobre o investimento demore um pouco mais para se realizar, mas a geração própria de energia traz vantagens financeiras e sustentáveis.

Nem tudo estipulado na Lei 14.300 é desvantajoso para o consumidor. O próprio "fator de simultaneidade" permite que o consumidor injete a energia excedente na rede, pagando apenas pelo consumo instantâneo. Essa abordagem torna o uso da energia solar mais vantajoso e econômico para os consumidores, mesmo com a taxação implementada.

Então, vale muito a pena entender como funciona todo o sistema, fazer simulações de valores, até mesmo nos casos de financiamento, para perceber que, ainda assim, pode ser compensador utilizar esse tipo de geração de energia em sua residência ou comércio.

A Lei 14.300 Energia Solar trouxe mudanças significativas para a geração distribuída de energia solar, abrindo caminho para um setor mais regulamentado e sustentável.

Muitas pessoas enxergam a taxação do sol como algo ruim, mas essa regulamentação pode ser essencial para um caminho mais claro no que diz respeito às regras de utilização desse serviço.

Quer ser parte da maior revolução energética da história e ter condições de gerar a sua própria energia a partir do sol? Não deixe de utilizar nosso simulador, sujeito à análise, e descobrir como a energia solar pode te ajudar a economizar na conta de luz.

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