Muitas vezes, não reparamos o quanto a energia elétrica se faz presente em todos os momentos do nosso dia a dia. Mas, antes da energia chegar às casas, ela passa por uma série de processos, que envolvem a sua geração, transmissão e distribuição.
Por isso, neste artigo, vamos abordar um pouco mais sobre como funciona a energia elétrica e quais são os processos que estão envolvidos para que ela chegue até nós. Confira!
Afinal, como funciona a energia elétrica?
Antes de saber como funciona a energia elétrica, é preciso compreender como funciona a eletricidade. A energia elétrica é a capacidade de trabalho de uma corrente elétrica, gerada por meio de diferentes elementos naturais como a água, vento, sol ou pela queima de combustíveis fósseis.
Ou seja, a energia elétrica é criada por meio de tensões elétricas entre dois pontos que estabelecem as correntes elétricas.
No Brasil, grande parte da geração de energia elétrica acontece por meio das hidrelétricas. Em abril de 2023, esse número correspondia em torno de 49,8% da produção nacional.
A época de estiagem acaba impactando diretamente no bolso dos brasileiros, já que a conta de luz acaba subindo de valor. Afinal, em um período sem a água necessária para movimentar as turbinas, as termelétricas precisam ser ativadas e seus custos são mais elevados e são mais poluentes.
Quais são as principais fontes de energia elétrica?
Os principais tipos de energia elétrica produzida são:
- Energia nuclear;
- Energia a partir de combustíveis fósseis;
- Energia ondomotriz/maremotriz;
- Energia de biomassa;
- Energia hidrelétrica;
- Energia eólica;
- Energia solar.
Quando a produção se dá por meio da luz solar, força do vento ou da água, é considerada uma “energia limpa”, pois a emissão de poluentes é menor, além de ser considerada uma fonte renovável, já que sua fonte não irá se esgotar. Porém, é necessário atenção às formas de utilização para que o meio ambiente não seja prejudicado.
Dentre os principais tipos de energia elétrica, a geração também pode ser feita por meio da queima de combustíveis fósseis, como carvão mineral, petróleo e gás natural. A queima desses combustíveis acontecem em usinas termelétricas, que ainda hoje é uma das principais formas de geração de energia elétrica no mundo. Entretanto, existem impactos negativos ao meio ambiente que estão associados a esse processo.
A queima desses componentes libera grandes quantidades de gases que contribuem tanto para o efeito estufa, quanto para o aquecimento global. Além disso, a extração, o transporte e armazenamento dos combustíveis podem gerar impactos como a poluição do ar e da água, degradação do solo e perda da biodiversidade.
Para entender um pouco mais sobre como funciona a energia elétrica, confira como é calculado o valor da sua conta de luz!
Como é calculado o valor cobrado mensalmente na sua conta de energia?
É possível calcular o consumo de energia elétrica da sua casa por meio do medidor de energia elétrica, que é popularmente conhecido como relógio de luz.
Para entender como funciona a medição de energia elétrica, considere que existem dois tipos de medidores de energia elétrica: o eletrônico e o eletromecânico.
O eletromecânico é o mais popular e ele funciona por meio de indução eletromagnética. Ou seja, quando a eletricidade passa pelo medidor, é criado um campo eletromagnético que faz o disco de metal girar, movimentando os ponteiros que contam o consumo de energia elétrica.
Já o medidor eletrônico não possui ponteiros, mas é mais preciso na hora de registrar a quantidade de energia elétrica consumida, sendo uma opção mais segura e moderna — porém, mais cara.
O medidor possui a função de marcar o total de energia consumida pelo imóvel em quilowatts-hora (kWh), que é a forma que a distribuidora da sua região calcula o valor da sua conta de luz todo mês.
Assim que esse medidor é instalado, ele contabiliza o consumo de forma ininterrupta e todo mês a distribuidora precisa fazer a sua leitura. Durante o primeiro mês, todo consumo registrado pelo medidor será cobrado. Já a partir do segundo mês, o cálculo muda um pouco: é considerado o consumo total de energia do medidor, menos o consumo registrado no período anterior e assim sucessivamente.
Consumo mensal e valor cobrado
O valor cobrado na sua conta de luz é calculado pela tarifa de energia que está em vigência na distribuidora da sua região. Nela, pode conter acréscimos das bandeiras tarifárias, impostos e encargos.
As tarifas da conta de luz são precificadas por cada kWh que você consumiu e, neste valor, está englobado o preço da geração, transmissão e distribuição da energia até ela chegar à sua casa. Tudo isso é regulamentado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).
Os impostos presentes são tributos definidos pelo governo. Na conta de luz, você encontra o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins).
Dito isso, para entender como funciona o cálculo do kWh para a energia elétrica é preciso saber o valor da tarifa da distribuidora da sua região.
Por exemplo: Se a tarifa da distribuidora for de R$ 1,04 pelo kWh e seu consumo foi de 100 kWh, você pagará R$ 104,00 desse consumo. É preciso considerar também o valor dos impostos. Suponha que ele seja de R$ 0,20 por kWh. Nesse caso, o total de impostos da sua conta seria de R$ 20,00.
Somando tudo isso (tarifa e impostos), o valor final da sua conta de luz mensal seria de R$ 124,00.
Mas ainda não acabou. Também é preciso pagar uma taxa sobre a contribuição para a iluminação pública — e esse valor varia de acordo com cada município.
Então, caso você more em São Paulo, o valor de contribuição para a iluminação pública é por faixa de consumo, que varia entre R$ 1 a R$ 570. Como sua faixa de consumo foi de 100 kWh/mês, a sua tarifa fica em torno de R$ 3,00. Então, o valor final da sua conta de luz é de R$ 127,00.
Como funcionam as bandeiras tarifárias?
O sistema de bandeiras tarifárias surgiu em 2015 com o intuito de ser um meio de arrecadação de fundos para o governo custear os gastos extras de produção de energia no país.
Como explicado anteriormente, épocas de estiagem afetam o fluxo de como funciona a energia elétrica e, para suprir a demanda nacional, o governo precisa acionar outras formas de geração de eletricidade, como as termelétricas. Os custos extras dessa nova geração são mais elevados e, depois desse novo sistema, eles são repassados ao consumidor.
Atualmente, existem 4 tipos de bandeiras: verde, amarela, vermelha nível 1 e vermelha nível 2. Em cada uma é acrescentado um valor a cada 100 kWh consumidos. Segundo o Governo, os valores para 2023 são:
Tipos de bandeiras tarifárias::
Bandeira Verde | Condições favoráveis de geração | Sem custo adicional |
---|---|---|
Bandeira Amarela | Condições menos favoráveis | R$ 2,989 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos |
Bandeira Vermelha 1 | Condições desfavoráveis | R$ 6,500 a cada 100 kWh consumidos |
Bandeira Vermelha 2 | Condições muito desfavoráveis | R$ 9,795 a cada 100 kWh consumidos |
Em 2021, o Governo também criou a bandeira de escassez hídrica, que vigorou uma boa parte daquele ano devido à seca histórica que afetou gravemente os reservatórios do país, principalmente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste.
Como a energia elétrica chega às nossas casas?
A energia elétrica chega até as residências por meio de um sistema ramificado. Ou seja: ele começa na sua geração, passa por equipamentos de transmissão e distribuição por cabos até chegar aos postes e tomadas que alimentam casas e empresas. Veja como funciona a transmissão de energia elétrica:
Transmissão e distribuição de energia elétrica
A energia elétrica gerada pelas usinas não é adequada para o consumo residencial. Por isso, ao sair da usina ela precisa chegar até as estações de transmissão, para aumentar a sua tensão em subestações de transmissão.
Como consequência desse aumento, a voltagem da energia fica maior e, por isso, ela percorre longas distâncias por meio das linhas de alta tensão. Grande parte da energia elétrica se perde durante esse caminho, se transformando em energia térmica (conhecido também como efeito Joule).
Ao chegar na subestação de distribuição, a energia precisa passar por transformadores de tensão para diminuir seu valor, para seguir o percurso pela rede de distribuição e chegar às fiações dos postes.
Nesta etapa, a energia passa pelos transformadores de distribuição para baixar sua tensão novamente. Depois, percorre pela fiação aérea ou subterrânea, para ser conduzida a casas e empresas.
Conheça mais sobre energia solar
Agora que você já sabe como funciona a energia elétrica e quer usar aparelhos elétricos sem ficar se preocupando com o valor final da sua conta de luz, uma alternativa interessante para conhecer é a energia solar fotovoltaica.
Esse sistema pode gerar uma economia de até 90% na conta de luz da sua casa ou da sua empresa.
O sistema solar fotovoltaico é composto por painéis solares instalados nos telhados e transformam a luz solar diretamente em eletricidade, suprindo toda a sua necessidade de energia elétrica.
Ou seja, você pode produzir a sua própria energia elétrica, sem se preocupar em pagar a energia da distribuidora, além de ficar livre dos aumentos das taxas, impostos e bandeiras tributárias.
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