A compra de um carro é um investimento grande, principalmente porque é necessário desembolsar um bom dinheiro logo de cara. Para quem não tem uma reserva financeira para adquirir o bem, o financiamento de carro sem entrada é a solução.
No entanto, nem tudo são flores. Essa alternativa não é para todo mundo porque é um pouco mais cara e exige um planejamento financeiro bem estruturado para que você consiga pagar todas as parcelas direitinho. Além disso, as instituições financeiras costumam ter regras um pouco mais rígidas para aprovar o crédito nessas condições.
Para ajudar você a entender melhor sobre o financiamento sem entrada e avaliar se ele vale a pena ou não, preparamos este artigo. Veja, a seguir, como ele funciona, quem pode financiar sem entrada e quais são as vantagens e desvantagens da modalidade. Aproveite a leitura!
Como funciona o financiamento de carro sem entrada?
A compra de um carro é a realização de um sonho. Isso porque ele facilita a vida da família e garante uma maior segurança durante o transporte. O problema é que ele é caro.
Para quem não tem dinheiro para comprar à vista, o financiamento é a melhor alternativa. Por meio desse recurso, é possível pagar o veículo com parcelas mensais sem que isso pese no bolso.
No caso de compras urgentes, geralmente, precisa dar uma entrada de, no mínimo, 20% do valor do veículo. Essa é uma exigência de boa parte dos bancos que financiam carros, sendo uma espécie de garantia e apenas os 80% restantes são parcelados com acréscimo de juros.
Já no caso do financiamento de carro sem entrada, esse sinal não é necessário. Portanto, essa é uma saída para quem precisa do carro agora e não tem uma grande quantia de dinheiro para pagar tudo de uma vez ou para dar a entrada.
Contudo, antes de falar mais sobre o financiamento, é importante que você conheça as principais formas de comprar um carro parcelado.
Crédito Direto ao Consumidor (CDC)
Essa é a categoria mais comum na hora de comprar um carro financiado. Funciona assim: a instituição financeira libera o preço integral do bem para a compra à vista e o consumidor reembolsa esse valor ao banco de maneira parcelada e com acréscimo de juros — é como se fosse um empréstimo mesmo.
Dá para comprar um carro direto da concessionária ou até de vendedores particulares assim. Após a transação o carro fica no seu nome, mas alienado ao banco como uma forma de garantia.
Caso você decida vender o carro ou transferir o financiamento para outra pessoa, precisa cumprir todas as condições estipuladas pela financeira e esperar pela autorização dela.
Leasing
Com essa modalidade também é possível comprar um carro sem entrada. No entanto, no leasing, o carro fica no nome da instituição financeira até você quitar o valor integral. É como se as prestações fossem um aluguel. Só depois de pagar tudo que o veículo passa a ser seu.
Então, para quem gosta de trocar de carro todos os anos, o leasing não é uma opção. Além disso, se você não conseguir arcar com as parcelas e ficar inadimplente, o banco pega o bem de volta e você perde tudo que já pagou por ele.
É por isso que as taxas de juros do leasing são bem mais atrativas. O fato de não ter Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) também deixa o valor do carro mais baixo.
Consórcio
Aqui também é possível comprar um carro sem entrada, mas você não tem garantia nenhuma de que terá a chave do bem logo que assinar o contrato.
No consórcio, um grupo de pessoas se reúne e cada um paga parcelas mensais para uma espécie de fundo de investimento. É o valor que está nesse fundo que vai subsidiar a compra de carros para todos os integrantes do grupo.
Mensalmente, um — ou mais — consumidores são contemplados por meio de sorteio ou lances. Os sortudos da vez recebem uma carta de crédito com o valor integral do carro a fim de comprá-lo à vista. Esse processo se repete todos os meses até que o contrato seja finalizado e todos os integrantes sejam beneficiados.
Essa é uma das modalidades mais baratas do mercado porque não são acrescidos juros ao valor do carro. O que você paga a mais é pelas taxas administrativas e correções monetárias.
Por outro lado, você pode levar vários anos para conseguir comprar o carro. O prazo dos consórcios de veículos pode variar entre 3 e 10 anos. Já pensou se você for a última pessoa a ser contemplada?
Enfim, a decisão por leasing, consórcio ou financiamento por CDC depende das suas necessidades. Se você precisa do bem imediatamente sem precisar dar um valor de entrada, o consórcio não é a melhor opção porque a contemplação depende de sorte ou dinheiro no bolso para dar um lance.
Já o leasing só é bom para quem tem bastante disciplina financeira, já que você pode perder todo o valor investido em caso de inadimplência. Fazer financiamento por meio de CDC, portanto, é o caminho mais prático e seguro. É sobre ele que vamos falar mais ao longo deste artigo.
Quem pode financiar sem entrada?
Nem todo mundo tem esse privilégio. Para autorizar o financiamento de carro sem entrada, a instituição financeira faz uma análise de crédito um pouco mais rigorosa, uma vez que os riscos de terem prejuízos também são maiores. Veja, a seguir, quem tem mais chances de ter o financiamento liberado.
Quem tem score de crédito alto
O score de crédito é um sistema de pontuação que indica se uma pessoa é boa pagadora ou não. Esses pontos oscilam de acordo com o histórico financeiro de cada indivíduo como dívidas em aberto, solicitações e crédito, inscrição em órgãos de proteção de crédito, entre outros.
O pagamento atrasado das contas — até mesmo as mais básicas como água e energia —, por exemplo, costuma influenciar negativamente no score de crédito. A lógica é a seguinte: quanto mais pontos, menores são os riscos de inadimplência.
É por isso que as instituições financeiras só liberam o financiamento sem entrada para pessoas com score de crédito bem alto. Agora, você deve se perguntar: qual pontuação é considerada alta? A escala é de zero a mil pontos e, no geral, os consumidores são divididos assim:
-até 399 pontos — alto risco de inadimplência: dificilmente você terá crédito no mercado com uma pontuação tão baixa;
-entre 400 e 599 pontos — médio risco de inadimplência: já dá para pegar cartão de crédito e outros serviços financeiros nessa categoria;
-entre 600 e 799 — baixo risco de inadimplência: essa faixa de score já é considerada boa e o consumidor tem acesso às boas linhas de crédito se permanecer nela;
-mais de 800 — baixíssimo risco de inadimplência: para tentar o financiamento sem entrada, o ideal é que você mantenha o seu score nessa zona.
No entanto, é bom lembrar que cada instituição financeira tem critérios próprios e diversos outros fatores podem influenciar nesse processo. Isso quer dizer que mesmo que você tenha 720 pontos, por exemplo, pode ter o financiamento liberado. De qualquer maneira, não custa nada trabalhar no objetivo de aumentar o score e ter acesso a melhores soluções de crédito.
Quem tem renda compatível com o valor do financiamento
Não adianta ter score de crédito alto se você não ganha o suficiente para pagar as parcelas direitinho. Até porque as instituições financeiras pedem comprovantes de renda para ter certeza de que o seu salário é compatível com o tamanho do financiamento.
Se o valor da parcela comprometer mais de 30% do que você ganha, por exemplo, o financiamento costuma ser negado. Vamos a um exemplo prático para ficar mais fácil: imagine que a parcela do carro que você deseja será de R$999,00. Para ter o financiamento aprovado mesmo sem entrada, você precisa comprovar renda de, no mínimo, R$3.300,00.
A verdade é que essa limitação é uma segurança tanto para o banco quanto para você. Se as dívidas tomarem conta de boa parte dos seus rendimentos, os riscos de você não conseguir pagar serão maiores. Isso porque qualquer imprevisto que acontecer na sua vida pessoal — problemas de saúde, reparos emergenciais na casa, nascimento de um bebê etc. — pode comprometer o valor destinado ao pagamento das parcelas do carro.
Quem trabalha como motorista de aplicativo
Por reconher a importância de ter um carro próprio para o ganho de renda extra, algumas empresas como a 99, oferecem aos seus motoristas parceiros condições de financiamento e consórcio exclusivas, através das parcerias que a empresa tem.
Caso você esteja pensando em tornar-se um motorista de aplicativo, vale a pena avaliar quais as condições de auxílio que o aplicativo oferece aos motoristas para a conquista do carro próprio e de retorno financeiro.
Quais são as vantagens?
Como já falamos lá em cima, para financiar um carro, geralmente, você precisa desembolsar cerca de 20% do veículo logo de cara. Nem todo mundo tem esse dinheiro. É por isso que o financiamento sem entrada é vantajoso. Conheça, adiante, os principais benefícios dessa modalidade.
Não precisa juntar dinheiro para dar a entrada
Juntar dinheiro não é uma tarefa fácil. São várias as desculpas dadas para isso: “o orçamento é apertado e não sobra nada”, “trabalho e mereço gastar”, “imprevistos sempre acontecem” e por aí vai. Qualquer tentação pelo caminho é justificativa para desistir de poupar.
Apesar de não ser um bom hábito, essa é a realidade do brasileiro. De acordo com uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), apenas 33,8% da população brasileira têm o costume de guardar dinheiro.
Com essa dificuldade de montar uma reserva para comprar o carro, o financiamento sem entrada aparece como uma boa alternativa. Afinal de contas, você não precisa juntar dinheiro antes de conseguir realizar o sonho de comprar um carro.
Chaves na mão rapidinho
Nem sempre o carro é apenas um capricho para dar mais conforto a família. Muitas vezes, ele é uma necessidade, seja para trabalhar, seja para se deslocar para locais de difícil acesso.
Com o financiamento sem entrada, você pegará as chaves do carro mais rápido, uma vez que não é necessário juntar um alto valor para o investimento inicial. Ou seja, essa é uma grande vantagem para quem não pode esperar.
Quais são as desvantagens?
Toda essa facilidade tem um preço: o financiamento de carro sem entrada é mais caro. Entenda melhor quais são os principais problemas dessa solução.
A taxa de juros é mais alta
A taxa de juros de qualquer financiamento varia de acordo com o risco de inadimplência. Quanto maior for o perigo de o consumidor não honrar com as parcelas, mais caro a instituição financeira cobrará por aquele crédito. A lógica do financiamento de carro sem entrada segue por esse mesmo caminho.
Como a instituição financeira não recebe nenhum sinal como garantia, ela cobra uma taxa de juros um pouco mais alta por causa do risco assumido. Contudo, não é nada de outro mundo não. Geralmente, o acréscimo é bem sutil, mas faz diferença no valor que você pagará pelo bem no final. Além disso, essa não é uma regra, pois cada banco tem as suas próprias diretrizes.
As parcelas também são mais caras
Se a taxa de juros é mais alta, as parcelas também serão. Simples assim! Mesmo se elas fossem iguais, você pagaria mais pelas prestações. Afinal de contas, sem a entrada, o valor total financiado seria maior.
Imagine a compra de um carro de R$40.000,00, por exemplo. Se você der uma entrada de R$8.000,00, vai financiar apenas R$32.000,00 e os juros só vão incidir sobre esse saldo devedor. Sem a entrada, o financiamento será dos R$40.000,00. É por isso o valor das parcelas são mais altas.
Quanto maior for entrada, menor será o saldo devedor a ser financiado e, por consequência, menores serão as prestações do carro. Nesse contexto, ainda é possível manter as parcelas com valor mais alto, mas reduzir o prazo de pagamento. De qualquer forma, com a entrada, o carro sempre fica mais barato.
Você precisa ter um dinheirinho no bolso de qualquer jeito
Não dá para comprar um carro — seja ele novo ou usado — sem nenhum tostão da carteira. Até porque existem algumas despesas iniciais que não entram no valor do financiamento.
Na compra de um carro seminovo, por exemplo, você precisará arcar com custos de transferência e vistoria para ficar com a documentação no seu nome. Isso se o carro estiver com situação regular e sem nenhuma pendência de multas e impostos.
No caso do carro novo, as despesas iniciais são ainda maiores. Tem emplacamento, licenciamento, DPVAT, IPVA e por aí vai. Esses custos podem representar até 10% do valor total do veículo.
Sem contar nas despesas de manutenção e com o seguro que também precisam entrar na conta. Então, mesmo que você compre um carro sem entrada, é importante ter um dinheirinho extra no bolso.
Como avaliar se o financiamento sem entrada vale a pena?
A lógica é bem simples: se você precisa do carro agora e pode arcar com as parcelas direitinho, é claro que vale a pena. Mesmo assim, é bom ficar de olho nos fatores que mais devem pesar nessa decisão. Entenda, a seguir, o que avaliar ao fazer financiamento sem entrada.
Comece pelo diagnóstico financeiro
Antes de mais nada, você precisa entender como está a sua situação financeira. Tem muita gente que vive no vermelho porque assume novas dívidas sem nem saber se tem dinheiro para pagar por isso. Não caia nessa cilada!
Some todas as suas despesas e veja quanto que sobra da sua renda para comprar o carro. Lembra que já falamos que as prestações podem comprometer, no máximo, 30% dos seus ganhos? Então, o ideal é que você tenha pelo menos essa porcentagem de folga no orçamento para conseguir pagar as parcelas do financiamento direitinho.
Se sua renda já estiver toda comprometida, você precisará cortar despesas e fazer alguns ajustes a fim de fazer sobrar dinheiro no final do mês. Eliminar o café da manhã na padaria, cozinhar em casa, trocar a academia por exercícios ao ar livre, por exemplo, são boas medidas para economizar. Sem esse planejamento, não tem carro nem com entrada, nem sem entrada.
Calcule o valor das parcelas
Após a análise feita no passo anterior, você já terá uma noção do quanto pode gastar com as parcelas. Agora, é só fazer uma simulação de financiamento para saber se as prestações do carro dos seus sonhos cabem no seu bolso.
O financiamento de carro no Banco BV, por exemplo, tem prazo de pagamento de 3 a 60 meses. Essa flexibilidade permite que você ajuste o financiamento de acordo com a sua realidade financeira.
Mas é bom manter o pé no chão, viu? Não é porque o veículo será dividido que você pode escolher o mais caro do mercado. Até porque não adianta comprar um carro esportivo de dois lugares, se ele não vai atender as necessidades de uma família de três pessoas, por exemplo. A verdade é que o que carro precisa ser funcional e, claro, não provocar apuros financeiros no futuro.
Lembre-se das despesas de manutenção
Um erro muito comum cometido por quem quer comprar um carro financiado é colocar apenas o valor das parcelas no orçamento. No entanto, sem combustível o carro não roda, certo? Ou seja, as prestações não serão os únicos gastos que você terá com o carro. Tem ainda as despesas com:
- impostos como IPVA, DPVAT e licenciamento;
- estacionamentos;
- lava-jato;
- revisões e reparos;
- seguro;
- eventuais multas etc.
Tudo isso também precisa caber no seu bolso. Além do mais, vale lembrar que esses custos variam de acordo com o modelo e ano do carro. Veículos mais velhos, por exemplo, costumam apresentar mais defeitos e, por consequência, darão mais gastos por causa dos reparos frequentes. Portanto, é bom prestar atenção nesse fator na hora de escolher o carro ideal para que o custo de manutenção não pese no orçamento.
Tenha em mente qual é o objetivo do carro
Esse é um dos fatores mais importantes para colocar na balança. Se você vai usar o carro para trabalhar — como dirigir para aplicativo — vale a pena financiar sem entrada sim. Isso porque a aquisição do bem vai ajudar você a fazer renda. Portanto, apesar dos custos maiores, você também ganhará mais.
Agora, se o veículo será usado apenas para o lazer e você não tem tanta pressa assim, é melhor se planejar um pouco mais. Dessa maneira, é possível pagar menos pelo carro.
Pense bem: imagine a compra de um carro de R$50.000,00 sem entrada a juros de 1,55% ao mês, por 60 meses. O valor das parcelas seria de R$1.286,05.
Em vez de comprar o carro agora, se você separar esse valor mensalmente, em oito meses terá os R$10.000,00 para dar a entrada. Nem é tanto tempo assim. Com isso, você poderá ter acesso a melhores condições de pagamento.
Com uma taxa de juros a 1,49% ao mês, por exemplo, e mantendo a parcela de R$1.286,05, você quitaria o carro em 43 meses, e não em 60. No final das contas, você pagaria cerca de R$ 65.000,00 pelo carro, contra R$77.163,00 do financiado sem entrada. É uma boa economia, não é mesmo?
Vale lembrar que essa foi uma conta bem simples que considera apenas a taxa de juros. O exemplo foi só para você ter uma ideia da diferença entre as modalidades de financiamento.
Contudo, para fazer o cálculo exato, é importante entrar em contato com a financeira e procurar saber sobre o Custo Efetivo Total (CET). Isso porque entram nessa conta também o IOF e outros custos como registros, tarifa de cadastro, tarifa de avaliação de bens, entre outros.
O financiamento de carro sem entrada vale a pena sim, desde que você ganhe o suficiente para pagar as parcelas direitinho. Essa modalidade é interessante para quem precisa do carro agora, mas não tem recursos para dar o sinal. Porém, é importante que você saiba que esse é um privilégio para poucos. Para ter a solução liberada, você precisa ter score de crédito alto e comprovar renda compatível com o tamanho do financiamento.
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