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Publicado em

12/04/23 14:07

por

Equipe BV Inspira

Como funciona a fatura do cartão de crédito? Fique por dentro!

Entender sua fatura do cartão de crédito é muito importante, já que o uso do cartão é bastante comum para grande parte dos brasileiros.

Segundo dados da Agência Brasil, os pagamentos via cartão aumentaram em 36,5% durante o primeiro semestre de 2022. Por outro lado, o uso dessa ferramenta deve ser feita de maneira controlada, já que atrasos na fatura do cartão de crédito são o tipo mais comum de dívida entre os brasileiros. Entre as razões para esse cenário, está o fato de as pessoas não conhecerem bem o funcionamento dela e as opções disponíveis para lidar com o valor a pagar.

Por isso, montamos um guia com o que você precisa saber sobre a fatura do cartão de crédito. Depois de ler este conteúdo, você será capaz de entender mais sobre este assunto e assumir um maior controle de sua vida financeira.

Vamos aprender como lidar com a fatura do cartão de crédito sem dificuldades? Boa leitura!

Afinal, o que é fatura do cartão de crédito?

A fatura do cartão de crédito é o total de gastos que você teve durante o mês — considerando a data que você ou a instituição financeira estabeleceram como prazo de vencimento para ela.

Quais as informações presentes na fatura do cartão de crédito?

Se você já tem um cartão de crédito, provavelmente recebe a sua fatura do cartão de crédito por e-mail e/ou por aplicativo.

Para que não haja problemas, é preciso saber entender o documento. Ali, estão presentes informações muito úteis que fazem toda a diferença no seu planejamento financeiro. Veja a seguir tudo que você encontra na fatura do seu cartão de crédito:

- Número do cartão

São os números que representam o seu cartão. Por motivos de segurança (caso alguém roube sua fatura, por exemplo), ela mostrará apenas os 4 primeiros e os 4 últimos dígitos.

- Nome do titular do cartão

Na fatura também terá o nome completo do titular do cartão de crédito, bem como os dados dos cartões adicionais, se houver.

- Total da fatura

É o valor total que você deve pagar, referente a todas as compras e parcelas mensais do mês vigente.

- Data de vencimento

Essa é a data limite em que você precisa pagar a fatura. Se não quitar o valor até a data, o montante será transferido para a próxima fatura com juros (que, normalmente, são bastante altos).

- Data prevista para fechamento da fatura

A data de fechamento da fatura delimita o mês vigente da fatura. Um detalhe interessante é que ela não é a mesma que a de vencimento.

Por exemplo, você recebeu a fatura de março, que engloba os períodos de 18 de fevereiro até 18 de março. Nesse caso, o vencimento da fatura normalmente será uma semana depois do fechamento (25 de março) ou o próximo dia útil, caso essa data caia em um feriado ou fim de semana, mas isso pode variar para cada emissor.

- Pagamento mínimo

Aqui começam as maiores dúvidas. O pagamento mínimo da fatura trata-se de um recurso que permite ao consumidor não pagar a fatura completa do cartão de crédito e, ainda assim, não estar em situação irregular com a operadora do cartão. É, de certa forma, um adiamento.

Antigamente, o valor mínimo a pagar era definido por lei em 15% da fatura do cartão de crédito. Ou seja: uma fatura de R$ 1.000,00 teria valor mínimo de R$ 150,00. No entanto, desde 2018, o Banco Central decidiu que cada operadora de cartão de crédito teria a liberdade de decidir seu próprio valor mínimo.

O pagamento mínimo é um recurso que deve ser utilizado apenas quando você não tiver o total da fatura para pagar e só é permitido usá-lo uma vez. Muitos consumidores têm dúvidas nessa hora, e a verdade é que é sempre melhor pagar o valor total da fatura do cartão, já que os juros do rotativo (quando você paga o mínimo) são os maiores do mercado.

Portanto, recorra a isso somente em casos de emergência.

A imagem mostra um homem sentado em uma mesa, em uma cozinha. Ele está usando seu laptop e algumas anotações em um papel.
Para ter um bom planejamento financeiro, é importante conhecer todos os detalhes da sua fatura do cartão de crédito.

- Parcelamento da fatura

Assim como o pagamento mínimo, o consumidor tem a possibilidade de parcelar o valor da fatura. Para isso, é necessário dar uma entrada e dividir o restante em um número determinado de meses com incidência de juros, taxas e encargos.

Basicamente, é uma espécie de acordo feito entre o cliente e o banco que facilita o pagamento. A regra permanece: o ideal é pagar o valor total da fatura do cartão de crédito, já que há encargos no parcelamento.

- Histórico de lançamentos

É a parte da fatura em que estão discriminadas todas as compras e movimentações feitas com o cartão de crédito desde que a fatura do mês anterior foi fechada até a do mês vigente.

- Resumo das despesas

É uma versão resumida do item anterior. Mostra o que foi pago na última fatura, as despesas locais e internacionais (caso haja) e o total cobrado.

- Informações de limites e taxas

Entenda os tipos de limites e taxas que aparecem nas faturas de cartão de crédito:

- Limite total de crédito: é o valor total aprovado pela operadora do cartão para você usar;

- Limite disponível: é o valor que você ainda tem disponível no cartão de crédito. Por exemplo, suponha que o seu limite seja de R$ 1.900,00, mas a sua fatura venha R$ 550,00. Nesse caso, o limite disponível é de R$ 1.350,00;

- Limite de saque: é o valor disponível para sacar em caixas eletrônicos em uma situação de emergência. Atenção: o banco cobra juros e encargos em cima de cada um desses saques. O total (dinheiro sacado + juros) aparece na fatura do mês seguinte;

- Taxas mensais: é uma tabela com todas as taxas e encargos cobrados pelo banco em determinados casos. Por exemplo, se você parcelar a fatura, a taxa de juros cobrada irá aparecer nesse espaço. Isso também vale para mora, multa e alíquota de IOF.

O que é o parcelamento automático?

O parcelamento automático ocorre quando o cliente já está dentro do crédito rotativo e deseja fazer um novo pagamento parcial. Ou seja: o consumidor fez o pagamento mínimo no primeiro mês e vai repetir o processo no segundo.

Banco Central determina que nenhum cliente de um banco pode usar o crédito rotativo em dois ciclos de faturas seguidos. Mas o que isso significa? Na prática, quando o consumidor faz o pagamento mínimo da fatura, o restante do valor entra no rotativo. Em outras palavras, ele é acrescido de juros e passa para a fatura do próximo mês.

No entanto, se a pessoa precisar fazer o pagamento mínimo novamente no mês seguinte, ela ativará as condições para o parcelamento automático.

Nesse caso, o valor que foi adiado nessas duas faturas será automaticamente parcelado em até 36x, com juros (menores do que do rotativo) e incidência de IOF.

Caso o consumidor não queira ativar o parcelamento automático, basta que ele pague o valor mínimo da segunda parcela + aquele montante que ficou em aberto da fatura anterior.

A imagem mostra duas pessoas fazendo um planejamento financeiro do mês. Elas estão escrevendo em um caderno e fazendo contas na calculadora.
Entenda a fatura do cartão e saiba como organizar melhor suas finanças.

Como funciona o parcelamento na prática?

Agora que já entendemos os detalhes do parcelamento automático, é hora de compreender como funciona o parcelamento da fatura do cartão de crédito. O mecanismo funciona assim:

Suponha que você recebeu a fatura do seu cartão em março no valor de R$ 1.500,00 e não tem, no momento, todo o valor desse compromisso. Então, decide parcelar a fatura. Para isso, você precisa dar um valor de entrada no parcelamento, o qual fica entre o mínimo da fatura e o total. Vamos supor que você possa pagar R$ 500,00 de entrada.

Em seguida, os R$ 1.000,00 restantes serão divididos nas faturas seguintes do seu cartão de crédito. Imagine que o banco permite fazer o parcelamento em até 12 vezes e que você optou por parcelar em 10 vezes de R$ 100,00.

Esses R$ 1.000,00, quando parcelados, recebem juros e cobrança de 6,38% de IOF, assim, na fatura seguinte, você receberá a cobrança do total que gastou + a parcela da fatura. Por exemplo, você parcelou a fatura de março no valor que mencionamos antes.
Em abril, você gastou R$ 500,00 com compras. Sua fatura de abril será, portanto, de R$ 500,00 + o valor mensal do parcelamento (R$100,00 + IOF e juros).

Quando se torna necessário parcelar a fatura do cartão de crédito?

Agora que você já entendeu como funciona essa ferramenta, provavelmente está se perguntando quando vale a pena parcelar a fatura do cartão de crédito. Afinal de contas, em qual momento esse recurso é útil na sua vida financeira?

Como mencionado anteriormente, o ideal é pagar a sua fatura integralmente. Apenas na impossibilidade de pagar a fatura do cartão de crédito é que vale a pena realizar o parcelamento. Nesse caso, a ferramenta é uma saída se compararmos os juros da falta de pagamento ou do pagamento mínimo (quando incorrem juros do rotativo). Para ter uma ideia de taxas aplicadas consulte a sua fatura.

Quais são as melhores práticas em relação ao parcelamento de fatura?

Por conta de vários imprevistos, nem sempre dá para fazer o pagamento completo da fatura. Nessa hora, o parcelamento é uma boa opção. Entretanto, é importante saber como usar a ferramenta do jeito certo.

Existem algumas boas práticas que reduzem o risco do parcelamento da fatura do cartão de crédito. Ao adotá-las, você vai usar esse recurso como ele foi planejado: uma ferramenta para ultrapassar um momento difícil, sem que isso se torne uma bola de neve capaz de atrapalhar sua vida financeira.

Veja abaixo quais são as melhores práticas em relação ao parcelamento da fatura:

A imagem mostra uma mulher usando seu celular.
O parcelamento da fatura do cartão de crédito deve ser utilizado apenas em casos de imprevistos.

- Calcule bem a entrada no caso de parcelamento do cartão

O parcelamento da fatura do cartão de crédito funciona como uma entrada. Esse valor deve ser maior do que o mínimo exigido (ao redor de 15%) e menor do que o total devido. No entanto, como achar a entrada ideal para o seu parcelamento?

A resposta para essa pergunta é fácil: pague o máximo que puder. Afinal, quanto mais você pagar na entrada, menor será o montante que receberá juros e IOF.

- Faça o cálculo dos juros e do IOF nas parcelas mensais

Após escolher o plano que melhor combina com você, pague a entrada e, assim, estará aderindo ao plano simulado.

Nessa hora, a tendência é aumentar ao máximo o prazo para reduzir o valor das mensalidades, mas essa pode não ser a melhor estratégia, pois quanto maior o prazo do parcelamento, maior o impacto que os juros terão nessa ação.

Dessa forma, você precisa calcular o impacto dos juros e do IOF nas suas parcelas mensais. O banco apresentará exatamente o valor de cada parcela antes de você concordar com a opção. Faça simulações para entender qual é o melhor equilíbrio entre uma parcela que cabe no seu bolso e o menor custo possível com os juros.

- Encontre o melhor dia para fazer o parcelamento

Uma dica importante para usar bem o parcelamento é fazer esse processo no melhor dia para isso. Essa data varia de pessoa a pessoa, mas é muito fácil de calcular.

Basta olhar para aquelas informações da fatura do cartão de crédito que vimos no início do guia, essa data é até o vencimento da fatura ou, ainda, no vencimento.

- Analise porquê você não pagou a fatura completa

Faça uma análise honesta sobre a sua vida financeira e entenda por que não conseguiu pagar a fatura completa do mês. Assim,você aprende com a situação e age para que ela não se repita.

Afinal, é fato que imprevistos acontecem, mas também é verdade que podemos criar redes de proteção para eles. Uma ideia é sempre ter uma reserva de emergência para não precisar parcelar a fatura do cartão de crédito quando acontecer alguma situação pontual.

Já se o problema for estrutural, ou seja, algo constante e que se repetirá no próximo mês, é importante agir para mudar essa situação e colocar a vida financeira em ordem.

- Corte gastos

Se você precisou parcelar a fatura do cartão de crédito, provavelmente é porque não encontrou espaço no seu orçamento mensal para pagar todo o valor. Portanto, é um sinal da necessidade de melhorar o seu controle financeiro e de cortar gastos — especialmente porque terá a primeira parcela a pagar no mês seguinte.

Uma boa maneira de reduzir as suas despesas é analisar o que você pagou com o cartão no mês anterior e identificar as compras que são supérfluas. Isso inclui uma blusinha na promoção, um delivery no fim de semana ou uma ida ao cinema com direito a pipoca e refrigerante.

Seja o que for, evite repetir no próximo mês. O objetivo é abrir espaço no orçamento para acomodar as parcelas sem problemas.

A imagem mostra uma pessoa fazendo um pagamento na máquina de cartão.
Observe o extrato do cartão e tente entender quais gastos podem ser cortados.

Como tirar o maior proveito do cartão de crédito?

O cartão de crédito é uma ferramenta muito útil para o dia a dia. Ela torna certos objetos de consumo mais acessíveis para as pessoas, além de garantir flexibilidade financeira.

Afinal, se puder comprar agora e pagar apenas no mês que vem, ganha uma folga para organizar melhor a sua vida.

Não é à toa que, em média, R$ 3,00 em cada R$ 10,00 da renda do brasileiro são direcionados para o cartão de crédito. No entanto, é importante adotar algumas boas práticas para tirar maior proveito do cartão. Veja na sequência algumas dicas que ajudarão nisso:

- Faça um planejamento financeiro

A base de um bom controle financeiro é o planejamento, pois isso possibilita qualquer desejo de consumo, como reformar a casaviajarcomprar um carro ou um imóvel, entre outros.

Essa regra se aplica ao cartão de crédito: saiba quanto você tem de parcelas acumuladas e até quanto a sua fatura pode chegar, com base no seu orçamento mensal. Quando chegar perto do valor, deixe de usar o cartão para não extrapolar seu próprio limite.

- Cuidado com os gastos

Muita gente considera o limite do cartão de crédito como uma extensão do próprio salário. Essa percepção é errada, claro, e dá margem para o surgimento de todos os tipos de problemas. Na verdade, o limite do cartão é mais como um crédito pessoal.

Portanto, tenha muito cuidado com os gastos, especialmente os parcelados com juros, que se acumulam muito facilmente. Siga aquela estatística que vimos antes e só direcione 30% da sua renda média para o cartão. O restante deve ser para pagar as contas, fazer investimentos e mais.

- Tenha só um cartão

Hoje em dia, com os cartões dos bancos digitais e fintechs, ficou muito fácil ter vários deles. No entanto, se você tiver um bom limite em um, não faz sentido ter outros. No final, você só vai acumular diferentes faturas e complicar a sua vida financeira.

- Utilize cartões com cashbacks

Ao escolher seu cartão de crédito, dê preferência para aqueles que oferecem cashback, ou seja, cartões que devolvem parte do seu dinheiro gasto em compras.

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- Fique de olho extrato

Por fim, acompanhe a fatura do cartão de crédito por completo, lendo cada entrada do extrato de compras. Isso é importante porque não é raro ver lançamentos duplicados, tarifas não solicitadas e até mesmo fraudes com compras feitas por terceiros.

Portanto, ao verificar o extrato do cartão regularmente, você garante que não pagará nada que não usou, o que gera uma boa economia no longo prazo.

- Evite muitas compras parceladas

Uma das vantagens do cartão de crédito é tornar acessíveis alguns objetivos de consumo. Por exemplo, comprar um nova televisão, um videogame ou outro eletrodoméstico. Como esses objetos são caros, o parcelamento via cartão é a maneira mais fácil de comprá-los.

No entanto, deve-se ter cuidado com as compras parceladas. Não apenas por causa dos juros, mas também para não acumular contas. Afinal, 5 prestações diferentes de R$ 75,00 somam R$ 375,00 no mês. O que parecia bem acessível antes, agora é um peso considerável a lidar.

Aos poucos, essas parcelas se tornam como uma areia movediça e atrapalham a sua vida financeira.

Portanto, quando for comprar algo a prazo, faça sempre as contas para ver se aquela nova prestação cabe no seu orçamento. Por vezes, pode ser preferível aguardar um ou dois meses até ter condições melhores para a aquisição.

Agora você já sabe tudo sobre a fatura do cartão de crédito e não terá problemas para assumir esse compromisso. Lembre-se de planejar bem os seus gastos, fazer as contas e nunca comprometer mais do que o seu orçamento mensal permite. Assim, o cartão será uma ferramenta positiva na sua vida e não uma fonte de problemas.

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