Identificar carro roubado é uma tarefa relativamente simples, mas que dá um pouquinho de trabalho. Isso porque é preciso estar atento a diversos detalhes, que podem denunciar se o automóvel no qual você está interessado pertence a outra pessoa. Ainda assim, a checagem vale a pena, já que há poucas coisas piores do que cair em golpes.
Os crimes relacionados à compra de veículos vêm aumentando no Brasil e, por isso, é preciso ter atenção. Neste artigo, traremos 5 passos para não adquirir um carro roubado, o que pode resultar não apenas em prejuízos financeiros, mas também em pendências judiciais.
Pise fundo para ler agora mesmo!
1. Acesse o aplicativo Sinesp Cidadão
O Sinesp (Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública) Cidadão é um aplicativo do Ministério da Justiça, que tem como finalidade estimular a participação da sociedade em questões voltadas à cidadania.
Entre as funções disponíveis está o acesso à lista de criminosos procurados, para que seja possível denunciá-los caso se tenha informações a respeito. Outra funcionalidade importante é a de comunicar delitos como pichações, depósito de lixo em locais irregulares e má utilização da iluminação pública.
Além disso, o app também permite a denúncia de roubo ou furto de carros. Essa é uma comunicação importante, pois, como o aplicativo faz parte da esfera Federal, a informação é repassada a nível nacional para as autoridades competentes. Isso facilita a localização do automóvel roubado, mesmo que ele seja encontrado em um estado diferente daquele em que o crime ocorreu originalmente.
Quem está interessado em comprar um veículo e quer se certificar de que não se trata de um automóvel roubado também pode acessar o aplicativo para verificar suas informações. O app pode ser baixado na App Store (para dispositivos Apple) ou no Google Play (para aparelhos com sistema Android).
2. Faça a consulta pelo Renavam ou placa do carro
Outra forma de consultar a idoneidade do vendedor de um carro seminovo ou usado é verificar o Renavam, ou placa do automóvel. Essa checagem deve ser feita no site do Detran do estado onde o veículo foi registrado. O portal nacional do Denatran também possibilita a consulta. Em caso de placas falsas, fica fácil constatar a irregularidade dessa forma.
3. Verifique se a documentação é original
Como identificar se os dados do Certificado de Registro e Licenciamento de Veículos (CRLV) são fidedignos? Veja algumas dicas:
- confira se a numeração dos vidros (que é o mesmo número do chassi, apenas localizado em um ponto de acesso mais fácil) bate com os números que constam no documento do carro. Caso não haja números gravados nos vidros, isso não significa necessariamente adulteração — o carro pode ter sofrido uma batida e passado por uma troca de janelas, por exemplo. Ainda assim, é um sinal de alerta;
- observe se o CRLV traz as expressões "Contran", "Denatran", "Ministério da Justiça" e "República Federativa do Brasil" em alto relevo. Do contrário, certamente trata-se de documento falso;
- confira, também, se o CRLV conta com filigranas (traços coloridos que aparecem em alguns pontos do papel);
- esfregue o documento em um papel branco e veja se ele deixa marcas verdes. A tinta pode “soltar” caso se trate de uma falsificação, mas isso nunca acontece com o original;
- por fim, compare o documento com outro CRLV que você tenha certeza que se trata de um certificado original e veja se há diferenças significativas.
4. Desconfie de preços muito atraentes
Carros muito baratos podem ter uma série de problemas, que vão desde questões mecânicas até dificuldades relacionadas ao estofado, sistema elétrico ou acessórios. No entanto, uma das maiores dores de cabeça que um comprador de um veículo pode encontrar é descobrir que se trata de um automóvel roubado.
Além da dificuldade de recuperar o dinheiro — o caso muito provavelmente vai parar na justiça, o que leva anos para se resolver — ainda há a possibilidade de ser acusado pelo crime de receptação. Mais do que multa, o delito pode render de 1 a 4 anos de prisão. Se o carro tiver algum tipo de gravame, como alienação fiduciária, por exemplo, a situação se complica ainda mais.
Quando a oferta parece boa demais para ser verdade, desconfie. É importante estar bem informado a respeito do preço de mercado do modelo no qual você está interessado. A tabela Fipe é um bom indicador, mas uma pesquisa em lojas do ramo ou em sites de venda de carros já ajuda a ter uma noção.
5. Verifique se há fraude nos componentes do carro
Além do número no chassi nos vidros, que já mencionamos no item 3, é importante verificar se outros componentes do carro não foram fraudados. Isso acontece muito como uma tentativa de eliminar vestígios e indícios de se tratar de um automóvel roubado.
Os principais itens a serem checados são os seguintes:
- placa do carro: veja se o lacre está intacto e se o padrão dos furos está correto, com dois buracos pequenos em cima e um rebite embaixo (similar à cabeça do personagem Mickey Mouse, da Disney);
- motor: veja se a numeração do motor está alinhada e clara. Sinais de desalinhamento, lixamento ou modificações na estrutura de sustentação da placa onde os números estão gravados devem ser considerados como um sinal de adulteração;
- peças: diversas peças do carro contam com a informação da data de fabricação. Entre elas, algumas que não são trocadas com frequência, como cinto de segurança, rodas, radiador e até mesmo os vidros. Uma troca ou outra pode ter sido necessária em função de batida, ou outro acidente, mas se houver uma discrepância muito grande entre as datas de diversos componentes, fique atento para a possibilidade de se tratar de carro roubado.
Esses são os 5 passos principais para evitar cair na cilada de comprar um veículo que seja produto de crime. Ao seguir essas dicas, fica mais fácil identificar carro roubado ou furtado e partir em direção a uma oferta mais interessante e menos arriscada. Fuja do golpe!
Agora, que tal compartilhar este post nas redes sociais para que seus amigos também fiquem alerta em relação a esse perigo?